
Brendan Smialowski
A China advertiu nesta quarta-feira (16) que “não tem medo de lutar” na guerra comercial com os Estados Unidos e reiterou seu apelo ao diálogo, após a Casa Branca afirmar que a negociação sobre as tarifas depende de Pequim.
O presidente americano, Donald Trump, concentra sua ofensiva comercial global na China, país que foi alvo de novas tarifas de 145%. O país asiático respondeu com tarifas de 125% às importações dos Estados Unidos.
“Se os Estados Unidos realmente querem resolver o assunto por meio do diálogo e da negociação, devem parar de exercer pressão extrema, para de ameaçar e chantagear, e conversar com a China com base na igualdade, respeito e benefício mútuo”, insistiu o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian.
“Não há vencedores em uma guerra tarifária ou em uma guerra comercial. A China não deseja lutar, mas não tem medo de lutar”, acrescentou em sua entrevista coletiva diária.
Após o anúncio de tarifas pelas duas partes, Trump reduziu o tom na sexta-feira e anunciou uma isenção das tarifas para computadores, smartphones e semicondutores, dos quais a China é um grande produtor.
“A bola está com a China” caso queira encerrar a guerra comercial, declarou na terça-feira a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.
“O presidente afirmou, novamente, que está claramente aberto a um acordo com a China. Mas é a China que precisa de um acordo com os Estados Unidos e não o contrário”, insistiu.
O porta-voz diplomático de Pequim respondeu que “a guerra tarifária foi iniciada pelos Estados Unidos”.
“As contramedidas da China, necessárias, buscam proteger seus direitos e interesses legítimos, assim como a igualdade e a justiça internacional. São totalmente razoáveis e legais”, declarou.