
Projeto capacita as famílias acolhedoras. Atualmente, são 22 famílias aptas a receberem crianças e adolescentes na Grande Curitiba. Famílias acolhem temporariamente crianças e adolescentes
Em um gesto de amor e empatia, famílias de Curitiba e Região Metropolitana acolhem, nas próprias residências, crianças e adolescentes que foram afastados dos parentes por questões de violência ou negligência.
Esse é o projeto Família Acolhedora, da prefeitura da capital, que capacita pessoas para receberem esses menores de idade temporariamente.
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Atualmente, são 22 famílias aptas a receberem crianças na Grande Curitiba. Entre elas, está a servidora pública Andréia Müling que serve de lar temporário há quatros anos e agora cuida de um menino de 12 anos.
“É algo muito gratificante, porque realmente retorna muito pra mim do que a gente vivencia. Eu sinto assim o amor, é um amor puro, é um amor sincero, que não exige nada em troca”, relata Andréia.
Desde que o programa foi criado, em 2019, 93 menores de idade foram recebidos por famílias acolhedoras na região. Depois de um período no lar, o jovem pode retornar para a família original, que passa por uma reestruturação, ou é encaminhado para o processo de adoção, a depender do caso.
Além desses lares temporários, a capital também oferece instituições, onde cerca de 450 menores de idade estão, pela falta de pessoas habilitadas para receberem crianças e adolescentes.
Conforme a Associação Cristã de Assistência Social (Acridas), por mais que as organizações ofereçam cuidados com saúde, higiene e educação, o ambiente não é ideal para esses jovens que precisam de acolhimento.
“São instituições que têm adolescentes que passaram por situações parecidas, que demandam da emoção e do afeto. Quando a criança vai para acolhimento familiar, ela é atendida individualmente. Toda essa leitura de mundo que ela faz a partir de estar na família é benéfica para todo o desenvolvimento”, explica Andrea Bomfim, coordenadora da Acridas.
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Como ser Família Acolhedora?
Para se candidatar ao projeto é necessário preencher um formulário e participar de oito encontros de formação, além de avaliações psicológicas e psiquiátricas. Então, é traçado um perfil de que faixa etária combina com cada família.
Como requisito, é preciso morar em Curitiba ou região metropolitana. O interessado não pode ter cadastro ativo para adoção, visto que o projeto tem um objetivo diferente deste processo.
Durante o período do acolhimento, as famílias recebem acompanhamento de equipes com psicólogos e assistentes sociais. A prefeitura da capital paga R$ 998 por mês, por criança, para ajudar nas despesas.
“É um tipo de serviço que a curto prazo faz toda a diferença na vida do acolhido e, a longo prazo, na sociedade, porque são crianças que vão ter lacunas preenchidas, algumas ideias equivocadas a respeito de afetividades vão ser resignificadas, porque puderam passar esse tempo na família acolhedora”, finaliza a coordenadora da Acridas.
Andréia faz parte do Família Acolhedora há quatro anos
Sandra Lima
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