
Previsão de interdição é para junho e ponte deve ficar ser completamente reparada em outubro deste ano. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) prepara pontilhão para conseguir interditar local quando o rio estiver mais vazio. Equipes do Dnit controlam passagem de veículos sobre a ponte do Rio Caeté
Arquivo/Dnit
A ponte sobre o Rio Caeté, na BR-364, em Sena Madureira, interior do Acre, deve ser interditada novamente, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Em janeiro, a ligação precisou ser reaberta para passagem de veículos, menos de 48 horas após a interdição.
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À época, a balsa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) havia encalhado e os motoristas ficaram sem acesso a rodovia. Agora, de acordo com o superintendente do Dnit, Ricardo Araújo, está sendo preparado um pontilhão para quando o rio secar.
“Vamos montar o pontilhão e colocar lá na ponte do Caeté, dando acesso para que a gente possa executar a reforma do pilar que a gente vai fazer provisório pra execução da obra. Mas ainda não vamos interditar agora. Vamos interditar, mas quando tiver o pontilhão montado, colocado lá só fazendo o acesso para todo mundo”, explicou.
Ricardo comentou ainda que a ponte deve ser interditada no mês de junho pois a obra será licitada em maio e no mês seguinte deve começar a execução.
“Por enquanto a ponte vai ficar normal, como está, passando um carro de cada vez, passando em cima e agora a gente vai fazer tudo por baixo enquanto estiver acontecendo a execução da obra, dando segurança para acabar a obra”, disse ele.
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O superintendente ainda anunciou que a ponte deve ser totalmente liberada por volta do mês de outubro.
“Aí vai ficar o inverno todo normal, é o que a gente quer. Com isso a gente vai botar esse pontilhão para poder acelerar e não prejudicar o tráfico nem de ida nem de volta de Cruzeiro do Sul”, assegurou.
Ponte sobre o Rio Caeté – Sena Madureira – Acre
Reprodução/Rede Amazônica Acre
Interdição
A primeira interdição da ponte estava programada para o dia 18 de janeiro, mas foi adiada para testes com a balsa e novas avaliações. O acesso é importante porque liga os municípios de Sena Madureira e Manoel Urbano, indo até Feijó, Tarauacá, Cruzeiro do Sul e demais cidades do Vale do Juruá.
No dia 24 de janeiro deste ano, o acesso à ponte sobre o Rio Caeté, que fica no km 10 da BR-364, em Sena Madureira, foi interditado. Com a interdição, a travessia no Rio Caeté passou a ser feita gratuitamente por balsas com capacidade de transportar todos os tipos de veículos.
Porém, precisou ser reaberta para passagem de veículos menos de 48 horas após a interdição. Isso porque a balsa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) encalhou no dia 25 de janeiro e os motoristas ficaram sem acesso a rodovia.
Além da balsa, foi prometido que seria colocado um pontilhão nos dois lados do rio e estava sendo estudada a possibilidade do Exército ceder uma ponte metálica para carros pequenos.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF-AC), cerca de mil veículos passavam pela estrutura diariamente. Com o baixo nível do rio, a travessia demora cerca de 3 minutos e meio, com os carros já estacionados. Quando o rio encher, esse percurso deve dobrar ou até triplicar o tempo de navegação.
A Portaria nº 136, de 8 de janeiro deste ano, destacou a nova movimentação no talude da margem do Rio Caeté, provocando pressão nos apoios da ponte. “Considerando o histórico e a situação atual, a ponte sobre o Rio Caeté pode comprometer a segurança no trânsito dos usuários que trafegam por esse trecho”, diz a publicação.
Ponte sobre o Rio Caeté, no interior do Acre, teve uma movimentação de 2,5 metros
Jardel Angelim/Rede Amazônica
O Dnit monitora a ponte com mais intensidade desde 2022, quando foi decretada a primeira situação de emergência no local. A partir de 2023, o departamento começou a chamar os técnicos para fazer um levantamento minucioso do que estava acontecendo nessa região.
Entre setembro e novembro de 2024, a ponte andou 5 centímetros. Por esse motivo, não é possível que o reparo seja feito de forma paliativa.
O período mínimo para a construção da nova ponte deve ser de 18 meses e, segundo o Dnit, as obras devem começar em julho deste ano.
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