
O preço médio de um iPhone pode chegar a US$ 3.500 nos Estados Unidos caso a produção do aparelho seja transferida integralmente para o território americano.
A estimativa foi divulgada por analistas do setor após a entrada em vigor das novas tarifas comerciais do governo de Donald Trump, implementadas em abril de 2025. As medidas fazem parte da política de incentivo à relocalização da cadeia produtiva de tecnologia no país.
Atualmente, cerca de 85% dos iPhones vendidos no mundo são montados na China, com componentes provenientes principalmente de Taiwan, responsável pelos chips, e da Coreia do Sul, fornecedora das telas.
A estrutura de produção asiática é caracterizada por custos reduzidos e integração logística. A transferência completa da operação para os Estados Unidos exigiria grandes investimentos e enfrentaria limitações de infraestrutura e qualificação da mão de obra, conforme informou a CNN dos EUA.
Mesmo com a montagem em solo americano, parte dos componentes continuaria sendo importada da Ásia. Com a aplicação de tarifas que chegam a 104% sobre produtos chineses, o custo final do aparelho tende a subir.
A Apple dependeria de isenções tarifárias (waivers) para viabilizar economicamente a produção doméstica.
Nos últimos anos, a empresa já começou a diversificar sua produção, com unidades operando na Índia e no Vietnã.
No entanto, esses países também foram atingidos por tarifas específicas, o que limita a capacidade de compensar os custos adicionais com a mudança da cadeia.
A Casa Branca sustenta que os Estados Unidos possuem condições para internalizar a produção. Cita como exemplo o plano de investimento da Apple, que prevê a aplicação de US$ 500 bilhões no país até 2029.
Contudo, os recursos se concentram em infraestrutura de servidores, pesquisa e desenvolvimento, e não em linhas de montagem para iPhones.