
O mercado imobiliário de Santa Catarina vive um dos momentos mais promissores, com números que reforçam a pujança do setor e colocam o Estado em evidência no cenário nacional.

One Tower – Foto: FG Empreendimentos
As três maiores construtoras que atuam no território catarinense ultrapassaram a marca de R$ 2 bilhões em vendas contratadas líquidas e mais de R$ 1 bilhão em receita operacional em 2024, segundo dados públicos e balanços auditados.
Entre elas, o maior destaque é a construtora CFL Inc, com forte atuação em Florianópolis, que liderou os resultados na região Sul com lucro líquido de R$ 272 milhões e R$ 2,203 bilhões em vendas contratadas, consolidando sua posição entre as gigantes do setor.
Outras duas empresas de peso também demonstram a força do mercado catarinense: a FG Empreendimentos, de Balneário Camboriú, reconhecida por empreendimentos de alto padrão, e a Plaenge, do Paraná, com presença consolidada em Joinville.
Esse desempenho empresarial vai ao encontro da mais recente pesquisa da Fipe/Zap, que apontou quatro cidades catarinenses entre as cinco com maior valorização imobiliária do Brasil, destacando o Estado como um dos destinos mais desejados para investimentos e moradia.
Além dos números expressivos, o sucesso do setor reflete uma combinação de fatores: qualidade de vida, segurança, planejamento urbano, infraestrutura e um ambiente favorável aos negócios. As cidades catarinenses têm atraído novos moradores de diversas partes do país, impulsionando a demanda por imóveis residenciais e comerciais.
Esse ambiente de prosperidade demonstra que Santa Catarina não apenas se destaca por suas belezas naturais, mas também por sua capacidade de crescer com sustentabilidade e atrair investimentos robustos no setor imobiliário.
A tendência é de que o Estado siga se valorizando como um dos principais polos de desenvolvimento urbano do Brasil, com oportunidades para investidores, empreendedores e compradores.
De olho no Republicanos
O governador Jorginho Mello (PL), que é muito próximo do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, está animado com os movimentos de Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República.
O PL de Santa Catarina tinha preocupações, já que o ex-presidente Jair Bolsonaro raramente segue orientações partidárias – o que, em época de eleição, gera muita instabilidade. Com o possível controle do Republicanos e os recentes movimentos de Tarcísio, Jorginho se anima com a ideia de dar a vaga de vice, em sua chapa, ao Republicanos. Se isso se confirmar, restará ao MDB disputar uma das vagas ao Senado.
Disputada
A deputada federal Geovania de Sá (PSDB) anunciou que deixará o ninho tucano e passou a ser cortejada por lideranças de diferentes partidos. Ela recebeu convite pessoal do presidente da Alesc, Julio Garcia, para se filiar ao PSD.
Do outro lado, o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira (SP), também entrou em campo e fez o convite para que Geovania integre as fileiras do partido.
Cautelosa e pragmática, a deputada está fazendo contas. Avalia qual legenda oferece mais estrutura, apoio político e reais chances de vitória nas urnas. Vai decidir com base em onde tiver mais competitividade e respaldo para seguir representando Santa Catarina em Brasília.
E os presos?
O governo do Estado caminha para fechar, de vez, a Penitenciária da Agronômica, em Florianópolis. A decisão já foi tomada, mas faltava resolver um ponto sensível: para onde vão os detentos? O secretário da Casa Civil, Kennedy Nunes, afirmou que o projeto anterior gerava desconforto, especialmente pela ideia de transferir o presídio feminino para Criciúma – medida que, segundo ele, está sendo revista.
A secretária Danielle Amorim (Justiça e Reintegração Social) está reformulando o plano, agora com atenção especial à logística de transferência dos apenados. A nova proposta deve ser apresentada aos Poderes ainda neste mês, com a expectativa de destravar o impasse e garantir um desfecho mais planejado e eficiente para o emblemático presídio da Capital.
Isonomia
A Fecomércio de Santa Catarina enviou um pedido oficial ao governador Jorginho Mello e ao secretário da Fazenda, Cleverson Siewert, para que o estado adote o Convênio 135/2024 do Confaz (Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda).
O convênio autoriza os estados a elevarem de 17% para 20% a alíquota do ICMS sobre compras internacionais de até 50 dólares realizadas em marketplaces — medida que já foi adotada por nove estados brasileiros.
Segundo a entidade, o objetivo é reduzir distorções e promover maior equilíbrio tributário entre produtos importados e nacionais. “Não se trata de aumentar a carga tributária, mas sim de buscar isonomia. Mesmo com o novo percentual, a carga total sobre essas plataformas ficará em 50%, enquanto a dos produtos nacionais é de 90%”, argumenta o presidente da Fecomércio-SC, Hélio Dagnoni.
A federação também reforça a importância de valorizar os empreendimentos catarinenses, lembrando a campanha “Comércio Local é Legal”, lançada em 2024. A proposta tem o apoio da Facisc e poderá ser discutida na próxima reunião do Confaz, marcada para esta quinta-feira, no Tocantins.
Transparência Governamental
Santa Catarina foi reconhecida nacionalmente com o Selo Ouro em Transparência Governamental, concedido pelo Radar da Transparência Pública. A conquista é reflexo direto do trabalho técnico dos Auditores do Estado, profissionais responsáveis pelo controle interno da administração pública catarinense, representados pelo Sindiauditoria.
Com atuação estratégica na Controladoria-Geral do Estado (CGE), esses servidores colaboraram diretamente para que o índice de transparência do Estado saltasse de 80,38% em 2023 para 91,15% em 2024, evidenciando os avanços promovidos por essa categoria.
A presidente do Sindiauditoria, Cristina Keller Sartori, destaca que a valorização da carreira é essencial para a continuidade desses resultados positivos na administração pública.