Chacina de Unaí: Antério Mânica tem traumatismo craniano após cair em hospital


Segundo informações da família, por conta da queda, Mânica precisou passar por uma cirurgia de emergência e o estado de saúde dele é grave. Considerado um dos mandantes da chacina de Unaí, ele foi condenado a 89 anos de prisão. Antério Mânica está em estado grave após queda em hospital
Condenado como um dos mandantes da chacina de Unaí, Antério Mânica, de 77 anos, teve traumatismo craniano após cair no hospital que estava internado em Brasília (DF). Ele e o irmão, Norberto Mânica, foram responsabilizados pelas mortes de três auditores fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho em 2004.
Segundo informações repassadas pela família nesta quarta-feira (7), a queda ocorreu no quarto do Hospital Sírio Libanês. Mânica teve traumatismo craniano e precisou passar por uma cirurgia de emergência. Ele usa um dreno e está em coma induzido, o estado de saúde é considerado grave, mas estável.
Ainda de acordo com a família, Antério Mânica faz tratamento contra um câncer no pâncreas, além de ter diabetes e pressão alta.
‘Chacina de Unaí’: Antério Mânica se entrega à polícia
Reprodução/TV Globo
Pena e prisão
Em novembro de 2015, Antério Mânica foi condenado a 100 anos de prisão por matar três auditores fiscais do Ministério do Trabalho e um motorista que estava com as vítimas. No entanto, em 2018, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região anulou a sentença e determinou um novo julgamento.
Em maio de 2022, Mânica foi condenado a 64 anos de prisão por quádruplo homicídio triplamente qualificado, com direito a recorrer em liberdade.
Em novembro de 2023, a 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) aumentou, de 64 para 89 anos, a pena de Mânica e determinou também a execução imediata da punição.
Em setembro de 2024, ele se entregou à Polícia Federal, em Brasília, após a justiça determinar prisão imediata dele e do irmão, Norberto Mânica, também condenado pela Chacina de Unaí. Em novembro do mesmo ano, Mânica teve autorização para cumprir prisão domiciliar por questões de saúde.
Sobre a chacina
O crime conhecido como “Chacina de Unaí” ocorreu em 28 de janeiro de 2004, quando auditores fiscais do trabalho, que investigavam denúncias de trabalho escravo, e o motorista que os acompanhava foram assassinados em uma emboscada.
Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage, Eratóstenes de Almeida Gonçalves e Aílton Pereira de Oliveira foram mortos na região rural de Unaí.
Os irmãos Antério Mânica, que é ex-prefeito da cidade, e Norberto Mânica foram condenados como os mandantes do crime.
Auditores fiscais do Ministério do Trabalho Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves, e o motorista Aílton Pereira de Oliveira.
Reprodução/TV Globo
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