
A proporção das chamas causadas por uma explosão na BR-101 em Garuva, no Norte de Santa Catarina, na manhã desta quarta-feira (9), chamou a atenção e assustou motoristas que passavam pelo local logo após o acidente. Carregada de um produto altamente inflamável, uma carreta foi destruída pelas chamas rapidamente, causando interdição da rodovia sentido Curitiba.

Veículo ficou totalmente destruído após explosão – Foto: Isabela Corrêa/NDTV
O caminhão seguia de Tavares (RS) para Ponta Grossa (PR). De acordo com o motorista, um pneu dianteiro do veículo explodiu próximo ao km 11 da rodovia e deu início ao incêndio. O condutor tentou usar um extintor para controlar as chamas iniciais, mas logo elas consumiram 176 tambores de resina de pinus.
O que é a resina de pinus, que causou a explosão na BR-101?
A resina de pinus é uma substância natural extraída das árvores de pinus, conhecida por sua versatilidade e por diversas aplicações industriais. A produção de resina envolve a coleta do líquido viscoso que sai de feridas na casca das árvores.
Esse material tem sido utilizado ao longo da história, desde os tempos antigos, por suas propriedades adesivas e impermeabilizantes. Entre os usos mais conhecidos da resina de pinus estão a fabricação de produtos como vernizes, tintas, cosméticos e medicamentos.
Na indústria de móveis e construção, a resina serve como um excelente impermeabilizante e adesivo, sendo aplicada em madeiras e outros materiais. Além disso, ela é fundamental na produção de produtos químicos derivados, como o ácido pícrico e o terpeno, que têm diversas aplicações, inclusive em produtos de limpeza e na indústria farmacêutica.
Explosão na BR-101 não causou danos ambientais
Apesar de altamente inflamável, o produto que causou a explosão na BR-101 não é tóxico. De acordo com a Defesa Civil, não foram registrados danos ambientais na região onde o acidente aconteceu.
“Realizamos toda a vistoria da região, não atingiu nenhum corpo hídrico, e o que está sendo feito agora, finalizando o processo, retirando o material que foi afetado, para desobstruir a rodovia”, explica Antônio Edival Pereira, coordenador regional da Defesa Civil de Santa Catarina.