Sete estados e Distrito Federal antecipam início da campanha de vacinação contra a gripe


A vacina que o SUS oferece é a trivalente, protege contra três vírus: o H1N1, o H3N2 e o vírus Influenza B. É capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e de mortes. Vacinação antecipada
Jornal Nacional
Sete estados e o Distrito Federal anteciparam o início da campanha de vacinação contra a gripe.
A recomendação do Ministério da Saúde é começar a vacinar assim que as doses do imunizante forem chegando. O Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Paraná, Ceará, Mato Grosso do Sul e o Espírito Santo anteciparam a vacinação. Em Vitória, as doses começaram a ser aplicadas semana passada.
“A gente nasceu tomando vacina, agora depois de velha vou parar de tomar? Não, né?”, diz uma entrevistada.
Em Minas Gerais, a campanha começa no dia 7 de abril. Mas em Belo Horizonte, que recebeu 87 mil doses, nesta segunda-feira (31) já teve imunização. A vacina que o SUS oferece é a trivalente, protege contra três vírus: o H1N1, o H3N2 e o vírus Influenza B. É capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e de mortes.
“A vacina é segura, é eficaz, protege e evita as formas graves, os desfechos desfavoráveis e o mais desfavorável que é a morte. Não há nenhuma correlação das vacinas com sequelas, com esses problemas e com essas fake news que são colocadas nas redes sociais”, diz Thaysa Drummond, subsecretária de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica de Belo Horizonte.
A prevenção agora é fundamental para dar tempo da vacina agir e preparar o corpo para enfrentar o período mais crítico, em que a influenza faz mais vítimas: no fim de abril. Segundo o boletim InfoGripe, da Fiocruz, nove estados já estão em situação de alerta para síndrome respiratória aguda grave. Ou seja, têm tendência de aumento da circulação dos vírus nas próximas semanas.
Mato Grosso do Sul e Distrito Federal informaram que anteciparam a vacinação. Mas seis estados estão na Região Norte, onde normalmente os casos aumentam depois de julho. Lá, a vacinação está marcada para o segundo semestre.
“São dois vírus que têm um comportamento sazonal bem marcado. Eles começam a aumentar agora na época do outono. Então, por isso, que a gente fez esse alerta para esse período. Então, é importante que a pessoa tome a vacina para caso ela se infecte, ela não evolua para formas mais graves da doença”, afirma Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe.
A meta do Ministério da Saúde é proteger 90% dos brasileiros que fazem parte do grupo prioritário: crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas – que são as mulheres que deram à luz há pelo menos 45 dias -, os profissionais de saúde e os idosos.
“Total são 81 milhões de pessoas. Vamos sempre buscar atrás de vacinar todo mundo. Esse é o nosso esforço para reforçar a campanha contra a gripe. Certamente para reforçar esse momento e da importância de vacinar, sobretudo na Região Sul, Sudeste, Nordeste brasileiro, antes de chegar o inverno”, diz o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O Paulo Vicente de Paulo é aposentado e correu para o posto assim que a vacinação no Mato Grosso do Sul foi liberada:
“Das outras vezes que tomei vacina da gripe, eu fico o ano inteiro sem pegar gripe. Para mim já é um bom sinal”, conta.
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