Governo de SP realiza ação emergencial para conter avanço do mar no litoral de SP; VÍDEO


Medidas em Barra do Una (SP) fazem parte do ‘Plano de Adaptação e Resiliência Climática’, da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil). Ação emergencial começou na quinta-feira (27), em Barra do Una
Semil/Governo de SP
O Governo de São Paulo iniciou uma ação emergencial para combater o avanço do mar e minimizar os impactos da erosão costeira em Barra do Una, região de Peruíbe, no litoral paulista. A perda de areia tem gerado insegurança diária entre moradores e pescadores, que temem que as casas sejam engolidas pelo mar.
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De acordo com o estado, as medidas fazem parte do ‘Plano de Adaptação e Resiliência Climática’, da Semil, que possui um eixo específico sobre a preservação de zonas costeiras.
A mobilização começou na última semana com a com a participação da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Fundação Florestal, Instituto de Pesquisas Ambientais, SP Águas, além da Defesa Civil, prefeitura e da própria comunidade. Entenda os pontos discutidos:
Ação emergencial do Governo de São Paulo: Iniciada para combater o avanço do mar e os efeitos da erosão costeira em Barra do Una, Peruíbe, litoral paulista.

Objetivo da ação: Minimizar a perda de areia e reduzir os impactos causados pela erosão, que afeta moradores e pescadores da comunidade.

Técnicas avaliadas: Técnicos da SP Águas estão avaliando a aplicação de enrocamento (construção de estruturas de proteção com pedras ou blocos de rocha) para estabilizar as áreas críticas.

Estruturação da barreira: Utilização de rochas para criar uma barreira que ajude a frear o avanço da água e a degradação do solo.
Causas da erosão na região?
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Segundo o governo estadual, pesquisadores atribuem as causas da erosão costeira na região à migração da desembocadura do Rio Una do Prelado para norte, levando em consideração que barras de rios são dinâmicas e estão em constante mudança.
Os pesquisadores também acreditam que a ocorrência de eventos climáticos extremos nos últimos anos intensificou o processo erosivo em um trecho da praia.
De acordo com moradores, o mar ainda está destruindo as restingas, que são vegetações típicas das regiões costeiras e protegem as praias da erosão — perda de areia.
Famílias
Avanço do mar destrói restinga e preocupa moradores de comunidade no litoral de SP
O Governo de São Paulo informou que um dos objetivos principais da ação emergencial é proteger quatro famílias que moram na área e enfrentam o risco de realocação devido aos perigos causados pelo avanço do mar, que já atingiu a via de acesso de algumas residências e ameaçou postes de energia.
Para recomposição das estruturas, foram adotadas outras medidas emergenciais, como uso de material rígido para reforçar as vias de acesso. No entanto, as marés altas dos últimos dias deslocaram esse material para a faixa de areia.
Agora, a prefeitura está realocando os insumos para assegurar a recomposição dos acessos enquanto outras ações de mitigação são implementadas com apoio da Fundação Florestal.
Considerando estudos de batimetria [técnica de medir a profundidade de corpos de água, como rios, mares e oceanos] e monitoramento com drone RTK de alta precisão, técnicos da SP Águas avaliam a possibilidade de desassoreamento dos canais estuarinos e da foz do Rio Una, que migrou para o norte em decorrência da dinâmica natural dos cursos de água e da formação de um esporão arenoso.
As medidas buscam realinhar o curso do rio e reduzir a pressão erosiva sobre a margem esquerda.
Governo de SP realiza ação emergencial em Barra do Una, em Peruíbe (SP)
Semil/Governo de SP
Fundação Florestal – Reserva Ecológica Juréia-Itatins
A Fundação Florestal atua no monitoramento e na gestão ambiental da região há cinco anos. A equipe coleta dados para compreender o processo erosivo e planejar intervenções eficazes utilizando drones que capturam imagens aéreas detalhadas.
Além disso, a comunidade local também participa das ações ativamente, pois os moradores reportam as alterações significativas, especialmente após ressacas marítimas.
A Fundação ainda implementa soluções baseadas na natureza para diminuir a energia das marés e proteger a vegetação de restinga. Em novembro, por exemplo, houve o cercamento com bambus, que demonstrou resultados positivos ao proteger a vegetação.
Ações buscam conter o avanço do mar em Barra do Una, em Peruíbe (SP)
Semil/Governo de SP
Segundo o governo estadual, os trechos sem essa proteção sofreram maiores impactos durante eventos climáticos no início de dezembro de 2024.
Paralelamente, a instituição está elaborando um ‘Plano Comunitário de Adaptação à Erosão Costeira’ para definir diretrizes e ações permanentes para o enfrentamento sustentável do problema.
O plano, que contará com estudos técnicos e a experiência prática acumulada no local, é realizado junto com o Conselho Deliberativo da Reserva Ecológica Juréia-Itatins e com a participação da comunidade, do poder público e de pesquisadores.
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