De férias na Ásia, advogada de Palmas relata terremoto que atingiu a Tailândia: ‘Parecia que estava em um pula pula’


Caroline Coriolano estava em um shopping de Bangkok com amigas quando sentiu os tremores de terra. Epicentro do terremoto de magnitude 7,7 e que deixou mortos e feridos foi registrado em Mianmar e atingiu outros países, incluindo a Tailândia. Advogada de Palmas registrou imagens de Bangkok após terremoto de magnitude 7,7
De férias pela Ásia, a advogada de Palmas Caroline Coriolano está em Bangkok, capital da Tailândia. Foi de um shopping que ela sentiu o terremoto de magnitude 7,7 que teve o epicentro na cidade de Mandalay, em Mianmar, e atingiu os países vizinhos.
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Os abalos sísmicos ocorreram na sexta-feira (28). Além de Mianmar e Tailândia, a China também sentiu o impacto. Até este sábado (29), foram registradas centenas mortes e pessoas feridas, além de desaparecidos. Um arranha-céu que estava sendo construído em Bangkok desabou.
Carolina afirmou que apesar do susto está bem. Ela estava no maior shopping da cidade com as amigas no momento do primeiro tremor.
“Tudo tremeu, parecia que estava em um pula pula de crianças. No começo pensei ‘fiquei tonta’. Minha amiga me olhou e falou que também estava tonta”, relembrou.
Caroline Coriolano, Tatiana Mourão e Adriana Soares em tuk tuk 30 minutos antes de terremoto de magnitude 7,7 que chegou a Tailândia
Arquivo pessoal
No momento do segundo tremor, ela percebeu que poderia ser uma situação de risco diante da reação de pessoas locais, que imediatamente deixaram o shopping e causaram certo tumulto.
“As vendedoras começaram a olhar assustadas. Veio o segundo tremor, elas saíram correndo, deixamos nossas compras no chão e também saímos. Não sabíamos o que estava acontecendo. Demos sorte de estarmos no primeiro andar. O maior tumulto, todos correndo para saída. Passamos correndo entre os carros, pulamos alambrados, derrubamos arbustos, todos corriam para longe do shopping. Pensamos que o prédio estava caindo, mas percebemos que todos saíam de todos os prédios”, afirmou sobre o momento de desespero.
Sirenes e tradutor
O desespero das pessoas nas ruas também assustou a advogada e a amiga, que presenciaram pessoas chorando e sendo retiradas dos prédios. Uma das dificuldades em entender o que havia acontecido foi o idioma, segundo Caroline.
“Todos os prédios foram esvaziados e tivemos que ficar na rua e no sol. Coloquei no tradutor terremoto em tailandês e perguntei para uma local. Ela confirmou, mas avisou que o epicentro era em Mianmar, que não precisávamos nos preocupar. Não sabíamos para onde ir ou o que fazer. Um professor que estava com os alunos falou para correrem para um parque, nós os seguimos”, disse.
População de Bangkok após terremoto de magnitude 7,7, que chegou na Tailândia
Caroline Coriolano/Arquivo Pessoal
Após procurar um espaço aberto, Caroline também percebeu as sirenes disparadas para alertar a população tailandesa. Para ter um norte do que deveriam fazer, ela e a amiga entraram em contato com o hotel que estavam hospedadas. A orientação era para que ficassem em um local seguro.
“Tocava uma sirene sem parar e tinha uma voz de mulher em um autofalante gritando em tailandês, não entendíamos nada. Os transportes públicos, carros, motos, tudo sumiu. Resolvemos andar sete quilômetros para chegar ao hotel. No caminho todos na rua estavam sentados nas calçadas”, comentou.
Mas mesmo diante dos riscos causados pelo terremoto, ela disse que viu um prédio residencial isolado, com parte do revestimento no chão. À noite, segundo ela, a situação já havia se normalizado no local em que estava. “Foi bem assustador. Mas graças a Deus, só um susto”, afirmou.
Segundo a advogada, não houve nenhuma outra orientação após o terremoto, mas ela e as amigas estão andando pela cidade com o passaporte e água por segurança. Elas voltam para o Brasil na manhã de segunda-feira (1º), horário local de Bangkok.
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Entenda
Por causa do terremoto mais de 1,7 mil pessoas morreram, 3,4 mil ficaram feridas e mais de 300 estão desaparecidas. Os dados foram divulgados pela mídia estatal, neste domingo (30). Diante das dificuldades no trabalho de resgate, o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) emitiu um alerta vermelho, estimando que os tremores podem ter deixado mais de 10 mil pessoas mortas.
Prédio desaba durante terremoto na Tailândia; momento foi registrado por vários ângulos.
Reprodução
Os tremores foram registrados no sábado (28) e chegaram a Tailândia. Na capital Bangkok, um arranha-céu em construção desabou, deixando 18 mortos. Autoridades tailandesas fazem buscas no local por 76 pessoas soterradas.
Em Mandalay, segunda maior cidade de Mianmar, sobreviventes chegaram a escavar os escombros com as próprias mãos para tentar salvar as pessoas que estavam presas, até a chegada do maquinário.
A junta militar que governa Mianmar desde 2021 decretou estado de emergência em seis regiões, incluindo Sagaing, Mandalay e a capital, informou a mídia estatal. A junta militar também pediu doações a qualquer país ou organização que queira contribuir com as ações de resgate. Em um pronunciamento na TV estatal, o porta-voz também pediu materiais médicos para as vítimas.
China, Rússia, Índia, Coreia do Sul, Malásia e Cingapura enviaram suprimentos e ajuda para Mianmar. Estados Unidos e União Europeia também prometeram apoio. A ONU deve alocar US$ 5 milhões do Fundo Central de Resposta a Emergências para ações de socorro imediato na região.
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