Bolsonaro justifica ausência em julgamento no STF: ‘Não sabia o que ia acontecer’

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu não comparecer ao segundo dia de julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal), que ocorreu na manhã nesta quarta-feira (26). Ele acompanhou a sessão de maneira remota no gabinete de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em Brasília. O Supremo decidiu torná-lo réu por planejar uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

Bolsonaro faltou ao segundo dia de julgamento, em que foi decidido que ele se tornará réu por golpe de Estado - Foto: STF/ND

Ex-presidente faltou ao segundo dia de julgamento, em que foi decidido que ele se tornará réu por golpe de Estado – Foto: STF/ND

“Hoje resolvi não ir. O motivo? Eu não sabia o que ia acontecer”, justificou o ex-presidente em coletiva com a imprensa após o julgamento. No primeiro dia de sessões, na terça-feira (25), ele também não estava previsto para comparecer, mas mudou de ideia de última hora e decidiu ir.

Ele afirmou que espera “colocar um ponto final” na história e acusou o STF de estar julgando-o já tendo um resultado em mente. “Parece que tem algo pessoal contra mim. As acusações são graves e infundadas”, disparou.

Bolsonaro é chamado de ‘arregão’ nas redes sociais após não comparecer ao julgamento

A ausência no julgamento no STF gerou diversas reações nas redes sociais. Entre elas, o ex-presidente foi chamado de “arregão” pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP).

“Muito machão na hora de tentar derrubar a democracia do país, mas um baita arregão na hora de encarar a justiça. Depois de ontem, desistiu de ir ao STF acompanhar a votação que o tornará réu”, declarou o deputado em seu perfil no X.

Guilherme Boulos (PSOL-SP) chamou ex-presidente de 'arregão' por se ausentar do julgamento - Foto: Divulgação/PSOL

Guilherme Boulos (PSOL-SP) chamou ex-presidente de ‘arregão’ por se ausentar do julgamento – Foto: Divulgação/PSOL

Outros usuários do X fizeram publicações afirmando que o ex-presidente “é um frouxo”, “não tem coragem de encarar a Justiça” e “correu do julgamento”.

Por outro lado, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, afirmou que “em um país de verdade, todo esse circo [o julgamento] não teria substância nem para ser um esboço de novela de quinta categoria, muito menos por um processo jurídico”.

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