Prefeitura de Taubaté publica novo decreto com regras sobre adicionais por insalubridade, que valem a partir de julho


Decreto anterior, que causou polêmica com servidores, foi revogado. Prefeitura ainda informou que uma comissão especial fará um estudo detalhado da concessão dos benefícios. Prefeitura de Taubaté
Divulgação
A Prefeitura de Taubaté publicou nesta terça-feira (25) um novo decreto com regulamentação sobre o pagamento de adicionais por insalubridade, periculosidade e risco de vida aos servidores municipais. O decreto anterior, que causou polêmica e protesto de servidores, foi revogado.
De acordo com a administração municipal, o novo decreto mantém a correção dos pagamentos, que serão aplicadas a partir de 1° de julho. Antes disso, não haverá mudança nos adicionais.
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O novo decreto mantém que os pagamentos de adicionais por insalubridade serão pagos a partir de um cálculo sobre o salário de cargos efetivos, com percentuais entre 10% e 40%, incidindo somente sobre o salário-base.
O servidor não poderá ter acúmulo do benefício. Caso ele esteja exposto a mais de um trabalho de risco, por exemplo, valerá apenas o que render o adicional mais alto.
A prefeitura ainda informou que uma comissão especial fará um estudo detalhado da concessão dos benefícios. E que vai contratar uma empresa para analisar as condições de trabalho nos ambientes da prefeitura.
No decreto, o prefeito Sérgio Victor (Novo) considerou que a nova regulamentação é necessária para realizar correções apontadas por órgãos fiscalizadores, como o Ministério Público e Tribunal de Contas, ambos em nível estadual.
Também aponta a “necessidade de mais regras de transição até alcançar as correções das distorções verificadas nas concessões dos adicionais”, assim como a “necessidade de estudos sobre soluções legislativas que resultem em acréscimo na remuneração dos servidores e a conveniência de atualizar laudos técnicos das condições ambientais de trabalho”.
Discussão na Câmara
Antes da divulgação do Diário Oficial, estava prevista para esta terça-feira (25) uma sessão extraordinária na Câmara para votação de um decreto legislativo que anularia os efeitos do decreto anterior do prefeito Sérgio Victor (Novo) sobre o assunto.
A Câmara foi procurada, mas ainda não informou se a sessão extraordinária será mantida.
Polêmica
Desde a publicação do decreto anterior, a sustenta que a mudança é necessária “para corrigir as irregularidades e atender apontamentos realizados pelo Tribunal de Contas do Estado de SP em outubro de 2024 e um Termo de Ajustamento de Conduta assinado em dezembro de 2024 com o Ministério Público do Trabalho”.
De acordo com a Prefeitura, “o Tribunal de Contas apontou que, somente nos dois primeiros quadrimestres de 2024, haviam sido pagos aproximadamente R$ 27 milhões irregularmente referentes aos benefícios citados” e que o termo “firmado no ano passado obriga o município a elaborar, implementar e monitorar um Programa de Gerenciamento de Riscos, cumprindo os procedimentos corretos para segurança dos servidores e pagamento dos benefícios, sob pena de multa”.
A mudança gerou revolta entre os servidores, devido a uma redução de salário que implicaria para parte dos trabalhadores, principalmente os profissionais da área da saúde. Com o decreto, uma servidora no ambulatório de infectologia, que recebia adicional de insalubridade de 40%, passaria a receber 20%, por exemplo.
Câmara discute mudança em adicionais de servidor em Taubaté
Servidores da prefeitura se reuniram em frente à sede da administração municipal para pedir o fim do decreto.
Reprodução/TV Vanguarda
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