
Transporte do transformador de 250 toneladas será interrompido durante a noite deste sábado (22) e a madrugada de domingo (23). A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que a interrupção é para descanso das equipes. Transformador em Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa
Divulgação/PRF
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que o transporte do transformador de 250 toneladas que está sendo levado para o Parque Eólico Serra da Palmeira, na região do Seridó paraibano, será interrompido durante a noite deste sábado (22) e a madrugada de domingo (23).
De acordo com o órgão, o equipamento permanecerá estacionado no km 112 da BR-230, no sentido João Pessoa – Campina Grande, e a escolta para o deslocamento será retomada às 2130h do domingo.
A PRF informou que o motivo da pausa no transporte do transformador é para descanso das equipes que trabalham no deslocamento do equipamento, que, segundo a PRF, estavam atuando por quatro noites seguidas.
Com essa interrupção, o cronograma de deslocamento precisará ser reajustado. Contudo, a PRF garantiu que o comboio com o transformador chega em Campina Grande , no km 143 da BR-230, na manhã de segunda-feira (24).
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Transporte do transformador
O transformador está sendo transportado pela CGT Brasil, empresa responsável pela construção da subestação no interior paraibano.
O equipamento foi produzido na China e tem dimensões de 11,2 metros de comprimento, 4,2 metros de largura e 4,5 metros de altura. Para o transporte, estão sendo utilizados três caminhões e dois semirreboques, formando uma estrutura que chega a 113,7 metros de comprimento e 600 toneladas de peso total.
O parque eólico terá 108 aerogeradores distribuídos entre as cidades de Picuí (36), Nova Palmeira (33), Pedra Lavrada (25), São Vicente do Seridó (10) e Baraúna (4). Com uma potência instalada de 648 MW, poderá abastecer até 1,7 milhão de pessoas. As obras começaram em outubro de 2023, com previsão de operação ainda em 2025. O investimento total no projeto é de R$ 3,7 bilhões.
Outro transformador, de mesmas dimensões, será transportado para o parque eólico em abril, mas ainda sem data definida.
Características do transporte
Escolta de transformador bloqueia as faixas da BR-230
Divulgação / PRF
Devido ao tamanho e peso, o deslocamento ocorre a uma velocidade média de 7 km/h, com escolta da PRF composta por 12 carros e 8 motos para controlar o tráfego.
O transporte começou no sábado (15), no km 94 da BR-101, no Cabo de Santo Agostinho (PE). No domingo (16), a operação foi retomada saindo de Paulista. O transformador cruzou a divisa com a Paraíba na segunda-feira (17) por volta das 16h30.
O destino final é Nova Palmeira. Até Campina Grande, o deslocamento ocorre apenas durante a noite e madrugada para minimizar impactos no trânsito. No entanto, a passagem pela Alça Sudoeste será feita durante o dia, por segurança, devido às obras no trecho.
A PRF reforçou a necessidade de cautela por parte dos motoristas e moradores que acompanham o transporte. A recomendação é que ninguém se aproxime da carreta em movimento e que veículos não estacionem no acostamento da BR-230 para evitar multas ou apreensão.
Uso da energia gerada
A energia produzida pelo Parque Eólico Serra da Palmeira será importante não apenas para o abastecimento da Paraíba, mas também para a distribuição nacional. De acordo com Lucas Cardoso Sanchez, diretor da empresa responsável pelo projeto, à TV Cabo Branco, a capacidade do parque é significativa: “Com essa potência, conseguimos atender cerca de 40% do consumo de energia da Paraíba. A estimativa é que o parque vá suprir as necessidades de 1,7 milhão de pessoas”.
Além disso, a energia gerada será distribuída para o sistema interligado nacional, contribuindo para a estabilidade energética de várias regiões do país. A interligação ao sistema de transmissão se dará por meio de uma linha de transmissão que conecta a subestação do parque à subestação de Campina Grande, da Chesf.
“A energia será transmitida com eficiência, minimizando as perdas durante o trajeto até o restante do Brasil”, explicou o diretor.
O projeto tem como objetivo reduzir a dependência de fontes não-renováveis, contribuindo para a sustentabilidade e a diversificação da matriz energética do Brasil.
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