Nível do Rio Acre segue em vazante e fica abaixo dos 14 metros na capital acreana


Águas marcaram 14,81 metros às 9h deste sábado (22), 39 centímetros a menos da marca registrada no mesmo horário de sexta (21). Previsão é de que o nível continue baixando e chegue a cota de alerta, que é 13,50 metros em 72 horas. Rio Acre saiu da marca de 15 metros neste sábado (22) em Rio Branco
Júnior Andrade/Rede Amazônica
O nível do Rio Acre segue baixando na capital acreana e, neste sábado (22), chegou a 14,81 metros às 9h, conforme dados da Defesa Civil Municipal. A maior cota atingida pelo manancial este ano foi de 15,88 metros, marcada às 15h de 17 de março.
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A redução no volume de água foi de 39 centímetros entre às 9h dessa sexta (21) e este sábado. Mesmo com a vazante, as famílias desabrigadas seguem no Parque de Exposições Wildy Viana, no 2º Distrito de Rio Branco.
⚠️Contexto: A cota de alerta do Rio Acre na capital é de 13,50 metros e a de transbordo é de 14 metros. O manancial na capital está acima desta marca desde o último dia 10 e o nível tem baixado desde a terça (18). Conforme o último boletim da Defesa Civil de Rio Branco, a cheia deste ano afetou:
Mais de 8,6 mil famílias diretamente, o equivalente a 31.318 pessoas;
Há pelo menos 171 famílias em abrigos, cerca de 551 pessoas;
Outras 598 famílias ficaram desalojadas, ou seja, foram para casa de parentes ou amigos;
19 comunidades rurais afetadas, dentre elas três são isoladas, e 2.198 famílias rurais atingidas;
43 bairros da capital atingidos.
Em entrevista à Rede Amazônica Acre, o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão disse que a expectativa é que o nível do rio continue baixando lentamente. A previsão aponta que, dentre 72 horas, as águas se aproximem da cota de alerta, 13,50 metros.
“Depois que chegar na cota de alerta, vamos nos preparar para limpar a cidade, as ruas, desinfetar as casas, fazer vistoria de segurança para verificar se as pessoas podem voltar. Na mesma forma na zona rural, vamos desmobilizar as embarcações que estão fazendo a travessia das pessoas e começar a estabelecer o cenário para voltar à normalidade”, destacou.
Segundo o coronel, a lentidão na vazante do rio na capital ocorre por conta da cheia no Riozinho do Rolo, na Região do Purus, que está com mais de 16 metros. “Isso faz com que a vazante aqui em Rio Branco seja muito lenta. Também temos pequenas enchentes ao longo da bacia, como Brasiléia e Xapuri, contudo, não influencia muito aqui. Estamos na fase de retração do rio”, complementou.
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Júnior Andrade/Rede Amazônica Acre
Placas de sinalização
Após o desaparecimento do jovem Roger da Silva Matos, de 18 anos, quando nadava no Rio Acre com os amigos no Centro, no último sábado (15), o Corpo de Bombeiros do Acre e governo instalaram placas na região da Gameleira alertando que a área não é recomendada para banho.
Equipes do Corpo de Bombeiros buscaram pelo corpo do rapaz durante seis dias, com mergulhos e varreduras ao longo do manancial. Na quinta (20), os trabalhos foram suspensos, mas a família segue por conta própria tentando achar algum vestígio de Roger no rio.
Situação de emergência
O prefeito Tião Bocalom decretou, no último dia 14, situação de emergência devido à enchente. Já o governador Gladson Cameli decretou situação de emergência diante do aumento do nível dos rios Acre, Juruá, Purus e Envira, no dia 10 de março. Na última terça (18), após uma semana, governo do estado alterou o decreto e acrescentou os rios Tarauacá, Abunã e Moa.
As famílias desabrigadas começaram a ser levadas ao abrigo montado no Parque de Exposições Wildy Viana dia 14 de março. Ao chegarem no Parque de Exposições, as famílias fizeram um cadastro e direcionadas aos boxes.
A orientação é que os moradores não tentem se deslocar ao abrigo por conta própria. É necessário acionar as equipes pelo número 193 para que seja gerada uma ocorrência, e a partir daí a retirada seja feita pelo órgão.
*Colaborou o repórter Júnior Andrade, da Rede Amazônica Acre.
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