A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu, nesta sexta-feira (21), três homens suspeitos de tortura a turistas paulistas na praia de Canasvieiras, em Florianópolis. Segundo a investigação, os detidos são vinculados à facção PGC (Primeiro Grupo Catarinense) e acreditavam que as vítimas, brutalmente agredidas, eram vinculadas à facção rival, PCC (Primeiro Comando da Capital).
Tortura a turistas aconteceu na praia de Canasvieiras, no Norte da Ilha – Foto: Maurélio Pereira/ND
A captura foi realizada pela Decrim (Delegacia de Combate ao Crime Organizado). Os detidos devem responder por homicídio tentado, tortura e cárcere privado. A tortura a turistas ocorreu no dia 11 de março de 2024.
Gesto fez turistas serem confundidos com membros de facção
Conforme investigado pela Decrim, os turistas estavam na praia de Canasvieiras, no Norte da Ilha, quando foram localizados pelos integrantes do PGC. Segundo a investigação, as vítimas fizeram gestos que foram interpretados pelos criminosos como referências à facção paulista.
Sede da DECRIM (Delegacia de Combate ao Crime Organizado) da Grande Florianópolis – Foto: Vivian Leal/ ND
Os suspeitos de tortura a turistas abordaram as vítimas e as obrigaram a desbloquear os celulares para visualizar as fotos. Em seguida, todos foram forçados a embarcar em um veículo de transporte por aplicativo e levados até um imóvel localizada no alto de um morro, onde foram mantidos em cárcere privado.
Lá, as vítimas foram submetidas a intensa violência física. Um dos turistas teve as pernas quebradas, enquanto o outro foi espancado com pedaços de madeira. Após a violência, as vítimas tiveram seus pertences roubados pelos acusados de tortura a turistas
Suspeitos de tortura a turistas são membros do PGC
Segundo apurado pela Decrim, os criminosos de iniciais K.D.F., D.S.R. e J.P.T., são membros do PCG, facção criminosa que atua boa parte de Santa Catarina e tem forte atuação em Florianópolis.
Barricadas foram incendiadas em ataques motivados por conflitos entre PGC e PCC – Foto: Reprodução/ ND
O grupo criminoso foi responsável por uma série de ataques ocorridos na Grande Florianópolis, em outubro de 2024. Após a prisão, os agentes foram encaminhados ao Complexo Prisional de Florianópolis, onde permanecem à disposição da Justiça.