Obras do Linhão de Tucuruí passam de 70% e devem ser concluídas até setembro de 2025


Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, visitou as obras do linhão em visita à Roraima nesta sexta-feira (21). As obras começaram em 2022. Obras do Linhão de Tucuruí, em Boa Vista
Caíque Rodrigues/g1 RR
As obras do Linhão de Tucuruí, a linha de transmissão de energia elétrica que vai ligar Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN), estão mais de 70% concluídas e devem ser entregues em setembro de 2025. A previsão foi divulgada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em visita nesta sexta-feira (21) à Boa Vista para fiscalizar as obras.
O ministro visitou a subestação Boa Vista, no bairro Monte Cristo III, na zona Rural de Boa Vista com o governador de Roraima, Antonio Denarium (PP) e deputados federais.
“Nós temos mais de 70% da obra já concluída, eu vim aqui exatamente para fazer uma cobrança firme para que a gente inaugure essa obra dentro do prazo. O prazo é setembro para conclusão da obra, mas estou dando como prazo final dezembro para termos o linhão energizado”, disse o ministro em resposta ao g1.
⚡ Roraima é o único estado fora do Sistema Nacional de Energia (SNE). Os 715 km do Linhão de Tucuruí são apontados como o fim do isolamento elétrico e dos constantes blecautes. A energia de Roraima vem, em sua maioria, de termelétricas. As obras começaram em 2022.
Linhão de Tucuruí: entenda o que é a obra que vai ligar Roraima ao sistema nacional de energia
Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em visita a Boa Vista
Caíque Rodrigues/g1 RR
Mais de mil torres de energia foram construídas no trajeto de Manaus à Boa Vista. O investimento total é de R$ 2,6 bilhões e o ministro afirmou que a obra irá garantir uma economia de mais de R$ 1 bilhão por ano na conta do consumidor brasileiro.
“[A ideia é] desligar as térmicas a óleo e fazendo ainda mais o nosso país como líder da transição energética global. Conciliação perfeita entre desenvolvimento econômico com resultados sociais através da boa política, que é a política do diálogo, da construção, da convivência, a política de resolver problemas reais da sociedade”, disse.
As obras são de responsabilidade da Transnorte Energia S.A. (TNE), um consórcio formado pelas empresas Alupar e Eletronorte, que venceu, em 2021, o leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), e poderá administrar o empreendimento até 2042.
Alexandre Silveira fiscaliza obras do Linhão Manaus-Boa Vista, em Roraima
Caíque Rodrigues/g1 RR
O diretor técnico da TNE, Newton Zerbine, afirmou que a previsão é que o linhão já comece a abastecer Roraima logo em setembro, quando a obra for entregue.
“A intenção nossa, conforme o cronograma, é concluir ela até setembro deste ano. A ideia é já energizar a casa dos roraimenses logo em setembro”, disse Newton ao g1.
O governador Antonio Denarium afirmou que a fibra óptica de internet está vindo junto com o linhão. Problemas com internet são constates em Roraima. Apenas em 2025, Roraima sofreu ao menos três apagões de internet e ligações por conta de rompimentos no cabo de fibra óptica.
A obra de fibra óptica está sendo feita em dois trechos, de acordo com o governador:
Subaquático, de Moura (AM) até Caracaraí (RR);
Subterrâneo, de Caracaraí até Boa Vista.
“A nova fibra óptica vai ampliar em 13 vezes a velocidade da internet em Roraima e tem a a perspectiva de inauguração ainda em 2025”, afirmou o governador.
Isolamento energético
Estrada que dá acesso a reserva indígena Waimiri-Atroari
Valéria Oliveira/G1 RR/Arquivo
Durante anos, Roraima dependeu da energia fornecida pela Venezuela. No entanto, o país parou de enviar energia ao estado em março de 2019 e, desde então, o trabalho é feito por quatro termelétricas da Roraima Energia.
O parque térmico do estado é formado pelas usinas termelétricas de Monte Cristo, na zona Rural de Boa Vista, Jardim Floresta e Distrito, ambas na zona Oeste, e Novo Paraíso, em Caracaraí, região Sul do estado.
Atualmente, duas turbinas da Usina Termoelétrica Jaguatirica II já estão em operação e ajudam a reduzir o consumo da usina termelétrica do Monte Cristo, que funciona a óleo diesel.
Sem a energia importada, o custo para fornecimento elétrico estado é de R$ 8 bilhões por ano — conta que é dividida entre todos os consumidores de energia elétrica do país. E, para reverter esta situação, a solução é construção do Linhão de Tucuruí.
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