Manifestantes ficam feridos durante dispersão de protesto contra aumento de passagens de balsas e lanchas no PA


Polícia Militar (PM) foi ao local e iniciou a dispersão do grupo, formado por quilombolas e caminhoneiros. Manifestantes ficaram feridos e passaram mal com spray de pimenta durante dispersão de protesto no Marajó.
Reprodução / Redes sociais
Manifestantes ficaram feridos durante a dispersão feita pela Polícia Militar (PM) do protesto na comunidade Vila União Campina, em Salvaterra, município do arquipélago paraense do Marajó, nesta quarta-feira (19).
O protesto é contra o aumento das passagens do transporte hidroviário na região e ocorre desde o último domingo (16). No mesmo dia, caminhoneiros também iniciaram uma manifestação no porto Camará, em Salvaterra, de onde partem as lanchas e as balsas em direção a Belém.
Imagens mostram o grupo de quilombolas, junto a outros caminhoneiros, na PA-154, que passa pela comunidade. Eles bloquearam as duas faixas da via, que ficou intrafegável.
Policiais conversaram com os manifestantes para desbloquearem trecho da PA-154, no Marajó.
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É possível ver, também, os policiais já no local. Eles conversaram com os manifestantes na tentativa de liberar a rodovia. Em seguida, pessoas que estavam no protesto apareceram feridas durante a dispersão. Bombeiros socorreram os atingidos.
“Foram balas de borracha, gás e spray de pimenta. Manifestantes foram baleados, diretora da escola (que fica na comunidade) desmaiou, porque começaram a atirar para dentro da escola […]. Uma criança de um ano foi para o hospital por causa do gás” relatou a quilombola Líbia Nunes, que participava do protesto.
Latas de sprays usados na dispersão. Um dos manifestantes foi socorrido após inalação.
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Segundo Líbia, apenas o valor da passagem convencional nas balsas não aumentou. Os outros setores das balsas e os preços da viagem de lancha aumentaram.
“Nas balsas, o transporte de um caminhão carregado era R$ 394 e agora é R$ 485. A lancha era R$ 45 e agora custa R$ 52”, detalhou a moradora de Salvaterra, que precisa viajar com frequência para Belém.
O g1 solicitou posicionamento da empresa responsável pela venda das passagens, para a Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos de Transporte do Estado do Pará (Artran) e para a Polícia Militar (PM), mas não obteve respostas até a publicação desta reportagem.
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