Homem que tentou forjar a própria morte e comparsa são denunciados e viram réus em SC

Os dois suspeitos por matar e carbonizar um morador de rua em uma caminhonete foram denunciados pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) por homicídio triplamente qualificado, destruição de cadáver e fraude processual. Um deles tentou forjar a própria morte para fugir de dívidas.

Homem carbonizou corpo de morador de rua para forjar a própria morte – Foto: Divulgação/Polícia Civil/ND

O crime brutal aconteceu em São Cristóvão do Sul, no Meio-Oeste de Santa Catarina, no mês de fevereiro deste ano.

Conforme a denúncia, um deles tentou forjar a própria morte e, para isso, a dupla atraiu um morador de rua com a promessa de comida, assassinou a vítima e incendiou seu corpo na caminhonete.

“Como se não bastasse, os suspeitos tentaram enganar as autoridades de maneira bizarra: um deles permitiu a amputação de seu próprio dedo para reforçar a farsa. Agora, ambos estão presos e podem ser julgados pelo Tribunal do Júri”, destaca o MPSC.

A denúncia foi apresentada pelo promotor de Justiça Renato Maia de Faria, da 3ª Promotoria da Comarca de Curitibanos, com base nas provas coletadas pela Polícia Civil.

Homem cortou dedo e tentou forjar a própria morte

Segundo as apurações, um dos réus, de 41 anos, tentou forjar a própria morte e contou com a ajuda do comparsa, de 38 anos, para atrair a vítima. O crime foi descoberto em 15 de fevereiro, quando o corpo carbonizado foi encontrado dentro do veículo.

Inicialmente, a polícia acreditou que se tratava do dono da caminhonete, desaparecido há dois dias. No entanto, o curso das investigações mudou e, no dia 28 de fevereiro, os dois suspeitos foram presos.

Homem que tentou forjar a própria morte vira réu em ação penal – Foto: Divulgação/Polícia Civil/ND

Entre o homicídio e a prisão, os denunciados teriam criado falsas evidências para despistar as autoridades. Segundo a acusação, eles enviaram mensagens ameaçadoras para familiares e usaram identidades falsas para manipular as investigações, caracterizando fraude processual.

Conforme o MPSC, a estratégia dos suspeitos atingiu um nível ainda mais extremo quando o homem que planejou a farsa permitiu que um dedo de sua mão esquerda fosse amputado.

Homem que tentou forjar a própria morte, chegou a cortar o dedo e enviou para a namorada com dois dentes para simular que havia sido torturado antes de morrer. – Foto: Polícia Civil/ND

A ideia era simular que ele teria sido sequestrado e torturado antes de ser morto, reforçando a farsa. Toda a cena foi filmada e compartilhada pelos próprios réus.

“Trata-se de um crime cruel, marcado por requintes de frieza e planejamento detalhado. Os denunciados não apenas tiraram a vida de uma pessoa vulnerável, como também tentaram enganar as autoridades para se safarem. O Ministério Público de Santa Catarina está empenhado em garantir que eles não fiquem impunes”, afirmou.

As três qualificadoras citadas na denúncia incluem motivo torpe, meio insidioso e recurso que dificultou a defesa da vítima. Caso sejam condenados pelo Tribunal do Júri, essas agravantes poderão aumentar significativamente as penas dos réus.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.

Os comentários estão desativados.