Ao menos cinco casos parecidos foram registrados em julho no Pará. Uma mulher de 62 anos chegou a ser hospitalizada após ataque de abelhas. Enxame de abelhas em abrigo de animais em Belém
Reprodução/Marcos Pinheiro – TV Liberal
Um enxame de abelhas foi registrado por uma protetora de animais que possui um abrigo, na Travessa Capitão Pedro Albuquerque, no bairro da Cidade Velha, em Belém.
Diante do perigo de picadas, os mais de 200 animais, entre cães e gatos, estão acomodados há 4 dias de forma improvisada em dois espaços pequenos dentro do abrigo.
Os insetos estão alojados no telhado que dá acesso ao quintal da residência e foram identificados há cerca de uma semana, por um dos funcionários.
O espaço que antes tinha 60 metros, agora teve uma limitação de espaço de circulação, causando um desconforto aos animais que agora não conseguem ter acesso ao quintal.
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Segundo a protetora Shirley Castilho, já foram formalizados denuncias sobre a situação no local e até presencialmente no Corpo de Bombeiros ela já chegou a ir para tentar ajudar para solucionar o problema.
“Elas [abelhas] começaram a ficar dispersas e a rodear o quintal. Colocamos 150 gatos em um quarto e uma sala, onde eles estão sufocados, desesperados e estressados. Eu já fui no corpo de bombeiros e mobilizei amigos, mas até agora nada”, descreveu a protetora de animais.
Um posicionamento foi solicitado a Defesa Civil e ao Corpo de Bombeiros, mas até a publicação deste material ninguém respondeu.
Essa situação não é a primeira vez que ocorre em Belém, no mês de julho foram registrado mais de cinco registros de enxames de abelhas na capital.
E pra isso, foi criado um protocolo de segurança para atender esse tipo de ocorrências, porém a própria protetora de animais que está enfrentando essa situação reclama que o atendimento não funciona.
O sistema é organizado pela Defesa Civil de Belém que é o articulador do protocolo de emergência, além de ser o responsável por acionar as demais instituições, como o Corpo de Bombeiros e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma).
Participaram da reunião também trabalhadores da apicultura, setor responsável pela criação de abelhas com ferrão. As comeias que forem retiradas em Belém serão levadas para criadouros em Castanhal.
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Casos graves de enxames
No dia 15 de julho, uma mulher, de 62 anos, foi hospitalizada depois de um ataque de abelhas, no bairro de Nazaré, em Belém. Ela passou 15 dias internada em uma unidade de terapia intensiva (UTI).
A vítima foi atacada dentro de uma casa na qual prestava serviço. Outras pessoas que passavam pelo local tentaram ajudá-la, mas também foram picadas.
O que fazer?
De acordo com especialistas, a reincidência de colmeias espalhadas pela capital é ocasionada pelo período do verão, onde as chuvas diminuem e a oferta de alimentação é maior, além de ser período de reprodução das abelhas, que são da espécie Apis mellifera.
Alguns cuidados devem ser tomados com essesinsetos:
Nunca jogar fumaça
Nunca jogar pau
Evitar gritos e qualquer movimento brusco, que possam ameaçar as abelhas, porque, se sentem-se ameaçadas, elas tendem a ferroar.
É necessário também se afastar do imóvel onde a colmeia estiver instalada
Além de evitar cheiros muito fortes de produtos químicos ou mesmo perfumes e cremes corporais, que atraem elas
Serviço
Em casos de enxames de abelhas, a população pode acionar a Defesa Civil Municipal, pelo telefone (91) 98439-0646, que funciona 24h, ou por meio do Centro Integrado de Operações (CIOP), no número 190.
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