CNJ abre procedimento para investigar compra de Iphones 16 Pro Max para desembargadores no MA


Tribunal havia aberto edital para comprar 50 aparelhos de última geração, para 35 magistrados. Depois, recuou e suspendeu a compra que custaria R$ 573.399,50 no total. Conselho Nacional de Justiça
Divulgação/CNJ
O Conselho Nacional de Justiça abriu um procedimento para investigar a compra de 50 celulares modelo iPhone 16 Pro Max para os desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão.
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A informação consta em um Pedido de Providências, em desfavor do TJMA, determinado pelo juiz auxiliar Lizandro Garcia Gomes Filho. Segundo o despacho do juiz do CNJ:
“A contratação está estimada em R$ 573.399,50, a um custo unitário de R$ 11.467,99”. Os aparelhos devem ser cedidos aos “35 atuais desembargadores, e eventuais expansões ou novas nomeações que possam ocorrer.” À Secretaria Processual para a autuação de Pedido de Providências, constando no polo ativo Corregedoria Nacional de Justiça, e no polo passivo o Tribunal de Justiça do Maranhão, instruindo o feito com o(s) documento(s) inseridos no presente processo, com as anotações de praxe”
Tribunal de Justiça do Maranhão
Reprodução/TV Globo
A determinação acontece mesmo após o próprio Tribunal de Justiça do MA decidir suspender o edital que previa a compra dos Iphones. De acordo com o órgão, a suspensão é temporária e visa a ‘realização de adequações no processo’, embora não tenha garantido que o edital voltará a tramitar após as alterações necessárias.
O caso da compra dos Iphones fez com que o TJMA se pronunciasse, e disse que aquisição dos dispositivos ‘não é obrigatória’ e que havia apenas a ‘possibilidade de compra futura pelo menor preço registrado’, conforme estabelecido na Ata de Registro de Preços e durante o período de vigência previsto.
Entenda o caso
Martelo justiça
Divulgação
O TJMA elaborou um Termo de Referência para a contratação de até 50 smartphones modelo iPhone 16 Pro Max ou equivalente, com valor total estimado em R$ 573.399,50. Os aparelhos seriam para os desembargadores do tribunal, que são 35. Ou seja, a compra seria para um número maior do que a quantidade de magistrados atuais.
Segundo o tribunal, a aquisição teria como objetivo ‘atender à necessidade de comunicação e trabalho dos desembargadores’ além de garantir reposição em casos de novos membros e substituições por defeito.
Segundo o documento, o fornecimento dos aparelhos deverá ocorrer por meio de licitação na modalidade Pregão Eletrônico, com critério de menor preço, e formação de Ata de Registro de Preços, permitindo que outros órgãos também possam aderir futuramente.
A contratação previa que os aparelhos tenham tela de 6,9 polegadas, sistema de câmeras Pro com até 48 MP, 8GB de memória RAM e armazenamento interno de 256GB, além de garantia mínima de 12 meses e homologação pela Anatel.
O prazo de vigência do contrato era de 12 meses, e o fornecimento deveria ser realizado em até 45 dias corridos após a emissão da ordem de fornecimento. A entrega aconteceria na sede do TJMA, em São Luís.
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