Mediunidade pode ser genética? Veja o que revela o DNA de pessoas médiuns

Um estudo inédito conduzido pela USP (Universidade de São Paulo) revelou evidências científicas de que a mediunidade pode ter origem genética. Segundo Monica Buonfiglio, estudiosa da espiritualidade, a pesquisa analisou o DNA de pessoas médiuns e seus parentes não médiuns, identificando diferenças genéticas significativas.

Mediunidade pode ser genética? Veja o que revela o DNA de pessoas médiuns

Mediunidade pode ser genética? – Foto: Freepik/Divulgação/ND

A pesquisa analisou o exoma, parte do genoma que codifica proteínas, e encontrou 15.669 variantes genéticas exclusivas nos participantes médiuns. Para validar os dados, foram incluídos 119 voluntários, sendo 66 médiuns e 53 não médiuns. A presença de gêmeos médiuns na amostra reforçou ainda mais a validade da pesquisa.

Segundo Monica, uma das descobertas mais relevantes foi a alteração na proteína Zap 70, essencial para a ativação dos linfócitos T, que desempenham um papel crucial no sistema imunológico.

“Essa mudança sugere que os médiuns possuem um sistema sensorial mais apurado, o que poderia explicar sua maior percepção de eventos espirituais e fenômenos energéticos”, comenta.

As suas mãos mostram mediunidade? – Foto: Freepik/Divulgação/ND

O papel da glândula pineal na mediunidade

A glândula pineal também teve destaque na pesquisa. Esse pequeno órgão no cérebro é conhecido por regular o sono por meio da produção de melatonina, mas também é apontado como um “epicentro” de experiências espirituais. Segundo os cientistas, a hiperatividade dessa glândula nos médiuns poderia explicar sua capacidade de entrar em estados de transe e captar informações que escapam à percepção comum.

Mediunidade e saúde: insônia e problemas na tireoide

Outro achado relevante da pesquisa foi a relação entre mediunidade, padrões de sono e doenças da tireoide. O estudo apontou que médiuns tendem a dormir pouco e podem apresentar distúrbios nessa glândula. Isso ocorre porque sua sensibilidade elevada faz com que estejam sempre em estado de alerta, o que pode levar a um hiper estímulo da tireoide.

Pessoas com mediunidade apontaram que tiveram sensações incomuns – Foto: Canva/ND

O estudo reforça a ideia de que a mediunidade não é apenas uma crença, mas um fenômeno real com bases biológicas. Contudo, a interpretação desse fenômeno ainda gera debates.

A pesquisadora e médium que divulgou o estudo criticou como certos fenômenos espirituais são tratados em templos evangélicos, onde indivíduos sensíveis podem estar expressando sua mediunidade sem o devido entendimento.

Para Monica, reconhecimento da mediunidade como uma condição com base genética pode abrir novas portas para estudos mais aprofundados sobre a relação entre espiritualidade e biologia.

Ser médium pode impactar de diferentes formas sua genética – Foto: Canva/ND

“Assim, cada vez mais a ciência e a espiritualidade caminham juntas para desvendar os mistérios da percepção humana”.

A pesquisa também contou com a participação de instituições como a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o Hospital das Clínicas de Porto Alegre e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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