Prisão, vídeo em ponto de ônibus, depoimento contraditório e buscas em casas: o que se sabe do caso Vitória


Jovem foi assassinada e teve o corpo encontrado em Cajamar no último dia 5. Um dos suspeitos foi preso no sábado (8). Vitória Regina de Sousa foi morta em 5 de março
Reprodução/TV Globo
A adolescente Vitória Regina de Souza, de 17 anos, foi encontrada morta em Cajamar, município na Grande São Paulo, no dia 5 de março, após ficar uma semana desaparecida no caminho do trabalho para casa.
Até o momento, a polícia prendeu uma pessoa e trabalha com a hipótese de que o crime aconteceu por vingança — mas sem detalhar os motivos e quem seria o autor.
Veja, abaixo, o que se sabe até agora sobre o crime:
Jovem gravada em ponto de ônibus
Vitória sumiu em Cajamar após sair do shopping onde trabalhava para retornar à casa dos pais. Câmeras de segurança gravaram o momento quando Vitória deixou o shopping onde trabalhava e caminhou até um ponto de ônibus.
Segundo testemunhas, ela desceu sozinha no ponto final em Ponunduva, bairro da zona rural de Cajamar, onde morava com sua família. Depois não foi mais vista.
Durante o trajeto, ela chegou a enviar áudios e mensagens para uma amiga dizendo estar com medo de dois homens em um carro que a assediaram e de outros dois rapazes que depois entraram com ela no coletivo.
Polícia faz buscas por jovem que desapareceu após ser seguida em Cajamar, na Grande SP
Corpo identificado pelas tatuagens
O corpo da adolescente foi encontrado na quarta-feira (5) em uma área de mata em Cajamar, a cerca de 5 km de distância da casa onde ela morava com a sua família. Segundo a polícia, o corpo estava em avançado estado de decomposição.
Parentes da adolescente foram chamados até o local e a identificaram a partir de tatuagens.
Corpo de adolescente foi encontrado a mais de 4 km de sua casa
Suspeito é preso por contradição nos depoimentos
Um dos suspeitos do homicídio foi preso em Cajamar, na tarde de sábado (8). O homem, Maicol Antonio Sales dos Santos, é investigado como sendo o dono do carro avistado na cena do crime. Maicol teve a prisão temporária decretada pela Justiça.
De acordo com a juíza responsável pela prisão de Maicol, há “fortes indícios” de seu envolvimento no crime, além de terem sido constatadas contradições nos depoimentos prestados por ele. Além disso, há relatos de movimentações suspeitas na casa de Maicol na noite em que Vitória desapareceu.
A Justiça autorizou buscas na casa e a quebra de sigilo de dados telemáticos de dispositivos eletrônicos do suspeito. Outro suspeito, Daniel Lucas Pereira, teve prisão negada, mas a Justiça autorizou buscas e apreensões em sua casa.
Imagens de drone mostram momento da prisão de um dos suspeitos de matar Vitória
Morte por vingança ou ameaça
A Polícia Civil de São Paulo trabalha com as hipóteses de vingança e ameaça entre as linhas de investigação para tentar esclarecer o motivo do crime. Pelo menos sete pessoas são investigadas pela polícia por suspeita de algum tipo de envolvimento no crime.
Na primeira hipótese, é apurado se alguma pessoa teria motivo para mandar matar Vitória. Na segunda possibilidade, é investigado quem ameaçou a adolescente recentemente, segundo a família dela relatou à polícia.
De acordo com os policiais, quem matou Vitória provavelmente mora no bairro. A investigação apura se a adolescente foi levada para algum cativeiro, onde pode ter sido torturada até a morte, sendo depois colocada novamente na área de mata até ser localizada pelas autoridades.
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Quem são os investigados
Na quinta-feira (6), um ex-namorado da vítima compareceu à delegacia na condição de investigado. No entanto, segundo o delegado seccional de Franco da Rocha, Aldo Galiano, que assessora a delegacia de Cajamar nas investigações, ainda não há indícios de que ele tenha participado diretamente do assassinato.
Outras seis pessoas estão sendo averiguadas:
Um ‘ficante’,
Dois jovens que entraram com a adolescente no ônibus a caminho da casa dela;
Dois homens que estavam no carro e a assediaram;
e um rapaz que teria emprestado o veículo a eles.
Por ora, não há confirmação de que essas pessoas tenham participado diretamente do homicídio.
Os policiais elaboram a hipótese de que quem assassinou Vitória provavelmente mora no bairro. Está em investigação a teoria de que ela teria sido levada para algum cativeiro, onde teria sido torturada, e então teria sido levada para a área de mata, onde foi encontrada.
Agentes da polícia científica fazendo coletas de digitais em um dos veículos encontrados.
Giba Bergamim/ TV Globo
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