Da comédia para um filme sobre o Alzheimer


O ator Seth Rogen participa de documentário sobre a mãe de sua mulher, que foi diagnosticada com a forma precoce doença aos 55 anos. Mais conhecido pelas comédias que protagonizou, o ator Seth Rogen abraçou a causa dos portadores de Alzheimer. O motivo do engajamento é sua mulher, a roteirista e produtora Lauren Miller, cuja mãe, Adele, desenvolveu a forma precoce da doença, diagnosticada aos 55 anos.
Adele, Lauren e Seth Rogen numa das cenas do documentário “Taking care”
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“Quando me formei na universidade, aos 22 anos, minha mãe tinha 52 e repetia a mesma história diversas vezes. Eu sabia que algo estava errado, porque os pais dela tinham tido demência. Pelo modo como falava, não havia dúvida de que ignorava que já tínhamos tido essa conversa. Uma coisa é você esquecer onde estacionou o carro; outra, bem diferente, é não se lembrar que dirigiu até o lugar”, lembra Lauren.
No documentário “Taking care” (“Cuidando”), de apenas 38 minutos e cujo trailer pode ser conferido aqui, o diretor James Keach afirma que quis mostrar a história de uma família que se une para enfrentar uma grande adversidade. O filme acompanha o doloroso processo de declínio cognitivo de Adele e os desafios dos familiares para atender a todas as necessidades da paciente. Há cenas angustiantes, como uma sequência em que ela anda pela casa gritando enquanto bate todas as portas.
Adele morreu em 2020, 16 anos depois do diagnóstico. “Queremos alimentar um sentimento de esperança e empatia. Esperamos que todos que assistam ao documentário se mobilizem para proteger a saúde do seu cérebro, lutar pela prevenção da demência e apoiar os cuidadores”, declararam Seth e Lauren. O casal foi além e criou a Hilarity for Charity. A organização, que já angariou mais de US$ 20 milhões (R$ 118 milhões), promove campanhas de conscientização e dá suporte a famílias com entes queridos que sejam portadores da enfermidade.
Mesmo sem ser uma celebridade, o britânico David Ensor quer dar sua contribuição e levantar fundos para a pesquisa sobre o Alzheimer. Aos 80 anos, assim que acabar o gelado inverno europeu dará início a uma caminhada de três meses de uma ponta a outra do Reino Unido: um percurso de quase 2 mil quilômetros entre John O´Groats, no Norte da Escócia, e Land´s End, no Sudoeste da Inglaterra, muito apreciado por ciclistas. Sua mulher, Susan, morreu há três anos depois de uma longa batalha contra a doença. Desde então, Ensor pegou a estrada: em 2022, percorreu os 805 quilômetros de uma das rotas do Caminho de Santiago de Compostela, conseguindo 15 mil libras (R$ 112 mil); em 2023, se propôs a circundar o Lago Windermere em menos de 12 horas e atingiu o objetivo – os pouco mais de 50 quilômetros foram vencidos em 11 horas e 54 minutos, e ele arrecadou 4.500 libras (R$ 34 mil) para a causa.
David Ensor: caminhadas com o objetivo de levantar fundos para a pesquisa sobre o Alzheimer
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Neurologista explica sintomas, causa e tratamento para o Alzheimer
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