Calunga do Homem da Meia-Noite participa do Encontro de Bonecos Gigantes de Olinda


Mulher do Dia, o Lord, John Travolta e o Menino da Tarde, gigantes que comandam blocos durante o carnaval, se juntam para o tradicional desfile da terça-feira gorda. Homem da Meia-Noite participa do desfile dos bonecos gigantes pela primeira vez
“Uma história bem preservada garante um futuro de paz”, foi o que falou o turista de São Paulo Felipe Sobrinho, sobre o Encontro de Bonecos Gigantes, que teve a sua 36ª edição nesta terça-feira (4). Neste ano, o cortejo, que teve concentração no Largo do Guadalupe, em Olinda, homenageou Zé Puluca e o produtor cultural Carlos Alberto.
Este desfile é marcado por bonecos tradicionais de Olinda, tendo o Homem da Meia-Noite como o mais aclamado e procurado pelos foliões. Este ano é a primeira vez que ele participa do tradicional cortejo da terça-feira gorda, que reúne os bonecos que saem em vários blocos durante a folia de Momo.
Além do calunga mais famoso de Pernambuco, participam o Lord, a Mulher do Dia, John Travolta e o Menino da Tarde.
O estudante Rafael Henrique, o professor universitário Felipe Sobrinho e amigos no Encontro de Bonecos Gigantes de Olinda
Alice Albuquerque/g1
Cantando todas as músicas do cortejo e dançando, o estudante Rafael Henrique, de 32 anos, marca presença no Encontro há quase 10 anos. “Essa é a melhor parte do carnaval, tendo em vista que esses bonecos são o que mais representa Olinda. Olinda sem boneco gigante não é Olinda. Eu gosto muito do Homem da Meia-Noite”, disse.
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Ele estava acompanhado de amigos de outros estados do Brasil. Sobre a representatividade do calunga para o carnaval de Olinda, Rafael destacou: “é o Galo no Recife e ele em Olinda”.
Tradicionais bonecos gigantes de Olinda desfilam nesta terça-feira (4)
Alice Albuquerque/g1
Turista de São Paulo, o professor universitário Felipe Sobrinho, de 40 anos, exaltou a preservação da cultura do carnaval, sobretudo em relação aos bonecos gigantes.
“É bonito porque tem o simbolismo local, como o Lord, e tem aquilo o que vai sendo construído pelo povo brasileiro ao longo dos tempos, artistas, personalidades, para mostrar que devemos dar continuidade a essas tradições e ensinar que uma história bem preservada garante um futuro de paz. Eu queria muito ver o boneco do Lord que, para mim, era simbólico, e eu também queria ver a Fernanda Torres”.
Rafael também falou da importância do respeito aos blocos que a cultura pernambucana incentiva. “É impressionante a preservação da cultura, a união do povo, o respeito aos blocos. É um carnaval de grande movimentação no sentido histórico, que simboliza que todos nós podemos transitar em paz”
Carlos da Burra, 55 anos, carrega o calunga do Homem da Meia-Noite há quase 10 anos
Alice Albuquerque/g1
Carlos da Burra, como é conhecido o manipulador do boneco gigante do Homem da Meia-Noite, de 55 anos, dá vida ao calunga há quase 10 anos. Ele, que é muito abordado pelos foliões para fotos, falou da sensação de carregar o boneco.
“É uma sensação imensa, gostosa de carnavalesco, que já vem do sangue. Desde os 9 anos de idade que eu tenho o sonho de carregar o boneco do Homem da Meia-Noite. Eu tenho 42 anos que carrego boneco pelas ruas de Olinda, e hoje eu carrego esse símbolo que é o Homem da Meia-Noite”, afirmou.
Apesar de a mãe ir sempre ao encontro, esta foi a primeira vez da foliona Thamyres Pereira, de 28 anos no cortejo.
A dona de casa Thamyres Pereira, de 28 anos, junto com a família
Alice Albuquerque/g1
“É uma de alegria, um momento único, ainda mais em família”, disse. Também foi a primeira vez da filha de Thamyres no encontro de gigantes. Com apenas 3 anos de idade, Maria Clara contou à reportagem que gostou de ver os bonecos, que tirou foto e vai querer estar presente no próximo ano.
A advogada Naiara Lima foi com o marido e os filhos para prestigiar o boneco do cunhado, Miro. “É o quarto ano que eu venho, mas o meu esposo vem desde 2009. Eu sempre trouxe Pérola, desde 1 ano, e Ícaro é o segundo ano que trago, ele tem 2 anos. Eles sempre ficam muito ansiosos, com muita vontade de vir, de tirar fotos. A experiência é maravilhosa e, além disso, também passamos muita cultura para eles”, afirmou.
A advogada Naiara Lima e a sua família curtem o desfile dos bonecos tradicionais de Olinda
Alice Albuquerque/g1
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