IJF passa a utilizar detector de metais após adolescente matar paciente a tiros dentro do hospital


No último domingo (2), um adolescente entrou no hospital e matou a tiros um paciente, um homem de 32 anos com quem tinha rivalidade. Hospital IJF voltou a utilizar detectores de metal após assassinato de paciente
Reprodução
O hospital Instituto Dr. José Frota (IJF) voltou a utilizar aparelhos detectores de metal portáteis nesta segunda-feira (3) após a execução de um paciente a tiros, no último domingo (2), por um adolescente que entrou armado na unidade de saúde.
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O g1 obteve uma foto em que uma equipe da Guarda Municipal de Fortaleza – órgão responsável pela segurança do hospital – aparece a postos, em uma das entradas da unidade de saúde, com aparelhos portáteis de detecção de metal.
Em nota, o hospital confirmou a utilização da tecnologia pela Guarda Municipal, e disse que a estratégia foi retomada “após a falta de uso de equipamento pela gestão anterior”. Conforme o IJF, os aparelhos vão ser empregados em todas as entradas do hospital para todos que acessarem o prédio.
“Além desta medida, outros protocolos e tecnologias estão sendo implantados, de imediato, em colaboração com a Guarda Municipal e a Secretaria de Segurança do Estado. As medidas, que já estavam sendo articuladas pela nova administração do hospital, que tomou posse em janeiro, tem o objetivo preservar a segurança dos usuários e funcionários do IJF”, disse o hospital em nota.
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Ainda na noite de domingo, o governador Elmano de Freitas e o prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão, afirmaram que pretendiam implementar um sistema de reconhecimento facial no hospital.
“Sobre o crime ocorrido hoje no IJF, o autor, um menor infrator, que tirou a vida de um rival, foi apreendido ainda no local pela PM e Guarda Municipal. Conversamos, o prefeito Evandro Leitão e eu, para a elaboração de um plano de segurança para as unidades de saúde, a ser cumprido conjuntamente pelas equipes do estado e município, inclusive com a instalação de reconhecimento facial no IJF”, publicou o governador nas redes sociais.
Entenda o caso
Um paciente foi morto a tiros dentro do Hospital Dr. José Frota (IJF) no fim da tarde deste domingo (2), em Fortaleza. O suspeito do crime é um adolescente de 16 anos. Ele entrou armado no hospital, disparou contra a vítima e se entregou à polícia, segundo testemunhas.
De acordo com o governador Elmano de Freitas, o suspeito e a vítima são rivais. O homem assassinado tinha 32 anos e respondia pelos crimes de tráfico de drogas, integrar organização criminosa e posse ou porte ilegal de arma de fogo, conforme a Secretaria da Segurança Pública.
Conforme apuração do g1, o paciente morto foi identificado como Fernando Uchôa Júnior. Ele estava internado há cerca de uma semana, com ferimentos à bala no tórax e na mão, em uma ala do hospital que costuma receber pacientes baleados ou escoltados pela Polícia.
De acordo com uma funcionária do hospital, que preferiu não se identificar, o suspeito de matar o paciente entrou no hospital armado se passando por visitante. Ele foi até a ala em que Fernando estava, atirou várias vezes e depois se entregou aos agentes de segurança que se encontravam no IJF.
A esposa da vítima estava no hospital como acompanhante, mas no momento do crime, ela havia descido para o refeitório, onde era servido o jantar.
“Foi tumulto, paciente correndo, pulando da maca, funcionário correndo”, contou a funcionária ao g1. “Todo mundo muito abalado. Não sabemos nem como vamos trabalhar”, afirmou.
Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) disse que a Polícia Civil investiga o homicídio doloso:
“O suspeito, um adolescente de 16 anos, que já responde por atos infracionais análogos aos crimes de tráfico de drogas e roubo, foi apreendido no local (…) O adolescente foi conduzido para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). O caso está a cargo da 4ª Delegacia do DHPP”, informou o órgão de segurança.
Este é o segundo homicídio registrado no hospital em menos de um ano. Em abril de 2024, um funcionário foi baleado e degolado no hospital.
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