Experimento da Univasf confirma efeitos positivos do uso de fertilizante líquido


Trabalho com produto da Tecniferti está sendo feito há oito meses em Petrolina Pesquisa da Univasf comprova eficácia do uso de adubos líquidos Tecniferti em mudas de manga
Acervo/Tecniferti
Um experimento realizado pela Univasf, em Petrolina, está comprovando os benefícios do uso do adubo líquido da Tecniferti no cultivo da manga. Plantas mais viçosas, equilibradas e com maior absorção dos nutrientes, que geram expectativa de produtividade mais alta do que as tratadas com adubação com sais tradicionais, estão surpreendendo os pesquisadores.
O trabalho está sendo desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Fruticultura do Vale do São Francisco (Frutvasf), em parceria com a Seiva do Vale e a empresa desenvolvedora da tecnologia, a portuguesa Tecniferti. Um grupo de produtores teve a chance de conhecer o experimento no Campus Ciências Agrárias da Univasf. Na oportunidade, a equipe de pesquisa apresentou todos os dados obtidos no período de observação das mudas.
Uma parte dos resultados foi apresentada durante a Expo Manga, que aconteceu nos dias 25 e 26 de julho, em Petrolina. O evento reuniu cerca de 1 mil pessoas entre produtores e fornecedores de insumos e colocou luz sobre questões relacionadas à necessidade de garantir uma produção cada vez mais sustentável, com uso de tecnologias e técnicas que reduzem o impacto ambiental e social da cultura.
Pesquisadores decidiram investigar o uso do adubo líquido para verificar resultados que os produtores já vinham observando em campo.
Acervo/Tecniferti
Resultados surpreendentes
A ideia surgiu a partir da observação de que muitos produtores do Vale do São Francisco já tinham aderido ao uso dos fertilizantes líquidos, mas ainda havia dúvidas sobre dados seguros a respeito da eficácia do produto. O grupo decidiu, então, conduzir a experiência com mudas de mangueiras sendo nutridas 100% com adubos líquidos, para comparar com outras mudas que foram adubadas de forma tradicional.
Os resultados, segundo o professor Vespasiano, têm sido surpreendentes. Segundo ele, que está na academia há bastante tempo, o potencial de resposta do uso dos produtos tem sido uma verdadeira surpresa para os pesquisadores. A pesquisa começou no final de 2023 e deve seguir até os primeiros meses de 2025, acompanhando um ciclo completo da mangueira.
O experimento com uso de adubo líquido da Tecniferti começou no final de 2023 e segue até os primeiros meses de 2025
Acervo/Tecniferti
Planta mais equilibrada
Vespasiano resume o resultado da adubação líquida com uma expressão: planta mais equilibrada. Elas estão apresentando zero sinal de queima das folhas, substrato com condutividade elétrica baixíssima e porte bem maior. No grupo tratado com adubo tradicional, observou-se os sinais contrários: folhas queimadas e substrato com condutividade elétrica alta.
O volume de folhas observado nas plantas monitoradas indica, segundo o professor, uma expectativa de produção de frutos bem maior do que o observado no grupo de controle, com mangueiras tratadas com adubo tradicional. Com 100 dias, as mudas com adubo líquido tinham cerca de o dobro de folhas que as outras.
Outro ponto importante que indica a eficiência da tecnologia portuguesa é o volume de nutrientes perdidos no solo, que foi considerado muito baixo neste período de execução do experimento, por se tratar de um substrato a base de areia lavada. Segundo Vespasiano, o que se observa é uma inversão de conceitos: ao invés de adubar o solo, é, de fato, adubar a planta.
Durante a visita, a equipe de pesquisa apresentou resultados da análise de folhas e de solo do período de observação das plantas nutridas com adubos líquidos da Tecniferti.
Acervo/Tecniferti
Economia e baixo impacto
Outro detalhe confirmado pela pesquisa tem muito impacto não apenas na economia, mas também no ambiente: as doses necessárias para estes resultados são reduzidas em relação ao produto tradicional. Mesmo com um custo unitário do produto mais alto, Vespasiano explica que a quantidade necessária para aplicação é menor, o que reduz, no total, o valor do investimento. Com isso, o resíduo é menor no solo. E o tempo de manejo também é reduzido, já que o produto permite pular uma etapa, a de diluir o adubo tradicional para ser aplicado.
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