
Um policial civil foi condenado a quatro anos e cinco meses de prisão em regime semiaberto por corrupção passiva qualificada na região do Vale do Itajaí. Ele repassava informações sigilosas a uma empresa privada em troca de dinheiro. A sentença foi publicada na sexta-feira (28).

Policial civil é condenado por vender dados para empresa no Vale do Itajaí – Foto: Sora Shimazaki/Pexels/Divulgação/ND
Segundo a denúncia, o agente consultou o Sistema Integrado de Segurança Pública 47 vezes para fornecer informações ao setor de recursos humanos de uma empresa.
Policial condenado por vender dados recebia R$ 500 por mês
Em troca pelo serviço, o policial recebia pagamentos mensais para realizar as consultas, prática que se repetiu entre abril e julho de 2021. Os valores recebidos chegavam na casa dos R$ 500 mensais.
A investigação apontou que o policial civil utilizava o sistema para verificar antecedentes criminais e outras informações sigilosas de candidatos a emprego. Ele detalhava eventuais registros criminais e até sugeria se a pessoa “tinha perfil” para a vaga de emprego.

Sentença foi proferida pela Vara Criminal da Comarca de Brusque e publicada na sexta-feira (28) – Foto: Divulgação/TJSC/ND
“A conduta do acusado não apenas violou o dever funcional de sigilo, mas também comprometeu a confiança da sociedade na integridade do serviço público, tornando inevitável a aplicação da pena e a perda do cargo”, destacou o juiz na sentença.
A decisão foi proferida pela Vara Criminal da Comarca de Brusque. Além da condenação de quatro anos, cinco meses e 10 dias, ele terá que pagar 46 dias-multa. O policial pode recorrer da decisão em liberdade. O processo tramita em sigilo de Justiça.