Mulheres lutam contra preconceito na cultura bate-bola no Rio


Conheça uma turma de Anchieta que desfila há mais de 10 anos. Brilhetes de Anchieta desfilam com fantasias de bate-bola
A cultura bate-bola é uma das marcas mais fortes do carnaval suburbano carioca – mas muitas vezes foi vista como “coisa de homem” e uma brincadeira que pode se tornar violenta. Para questionar essa visão, mulheres começaram a criar turmas femininas, e por vezes desfilam com seus maridos e filhos.
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A turma das Brilhetes de Anchieta desfila desde 2013 na Zona Norte do Rio. “A turma nasceu inspirada na turma Do Brilho, que é do meu sogro, fundado em 1991. A gente sempre usou o bate-bola dos meninos, foi quando a gente decidiu fazer uma turma só nossa”, explica a fundadora Vanessa Amorim.
Mulheres lutam contra preconceito na cultura bate-bola no Rio
Reprodução/TV Globo
“A cultura bate-bola é única, no meu ponto de vista. É uma cultura somente do subúrbio do Rio, você não encontra em outros lugares e essa é a grande diferença. São diversos artistas por trás disso tudo, cada um com seu jeito de fazer e de criar”, completa ela.
Atualmente, não há desfile pelo bairro, mas a festa é feita no Francisco Macedo, no Parque Anchieta.
Mulheres lutam contra preconceito na cultura bate-bola no Rio
Reprodução/TV Globo
“Você não sente calor, não sente nada, você só quer estar ali e aproveitar e passar para as pessoas que elas não precisam ter medo. Que nós somos mulheres, somos mães e que muitas das vezes a gente tá ali com os nossos filhos curtindo aquele momento”, explica Renata Oliveira, integrante da turma.
“Aqui as pessoas veem que não é lugar de confusão ou de briga, aqui é um ambiente bem família, são mães com seus filhos, são maridos que trazem suas esposas, que se identificam e querem participar daquilo ali”, completa ela.
Mulheres lutam contra preconceito na cultura bate-bola no Rio
Reprodução/TV Globo
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