Carnaval 2025: conheça a origem das escolas do Grupo Especial do Rio

Com a chegada do Carnaval 2025, os foliões seguem animados para os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro. Assim, as 12 agremiações entram na Marquês de Sapucaí na disputa pelo título, com enredos recheados de ancestralidade e riqueza cultural.
Cada escola do Grupo Especial tem sua origem, que vão desde a ligação com o futebol ou a fusão de blocos carnavalescos. Nesse sentido, esse galeria mostra com se deu a fundação de cada uma delas.
A Unidos de Padre Miguel foi fundada em 1957, quando foi registrada na Associação de Escolas do Rio de Janeiro (ASESRJ) por Genésio da Cruz Nunes. As cores são uma homenagem a Guilherme da Silveira Filho, o Dr. Silveirinha, empresário da indústria de tecidos, dono da Fábrica Bangu.
O símbolo e o apelido, “Boi vermelho”, surgiram nos anos 1960 através de Valdomiro José de Almeida, uma figura importante da região e fundamental para a UPM.
A Imperatriz Leopoldinense foi fundada no dia 6 de março de 1959 no bairro de Ramos, Rio de Janeiro. Ela surgiu com o farmacêutico Amaury Jório, que se juntou com alguns sambistas da região da Leopoldina e remanescentes da escola Recreio de Ramos.
O nome faz referência à Estrada de Ferro Leopoldina, que cortava o bairro. As 11 estrelas na bandeira simbolizam os bairros da região: Bonsucesso, Brás de Pina, Cordovil, Manguinhos, Olaria, Parada de Lucas, Penha, Penha Circular, Vila da Penha, Ramos e Vigário Geral.
O pontapé para a fundação da Unidos do Viradouro foram as rodas de samba que aconteciam no quintal da casa de Nelson dos Santos, o Jangada, em Niterói, nos anos 40. O nome da agremiação é graças ao espaço onde os bondes faziam o retorno na Rua Capitão Roseira.
A escola foi fundada com as cores azul e rosa, como uma homenagem à Nossa Senhora Auxiliadora. No entanto, mudou para vermelho e branco em 1971 devido a um problema no fornecimento de tecidos. Ela teve 18 títulos em Niterói antes de ingressar no Carnaval Carioca.
A Estação Primeira de Mangueira surgiu a partir da união de blocos da região (Arengueiros, Tia Tomázia, Tia Fé, Seu Júlio e Mestre Candinho), na Zona Norte do Rio. As cores verde e rosa foram uma sugestão de Cartola, usando como referência o Rancho do Arrepiado.
Reunidos no Terreiro de Tia Fé, estavam: Cartola, Seu Saturnino
A Unidos da Tijuca é oriunda da fusão de quatro blocos que existiam nos morros da Casa Branca da Formiga e Ilha dos Velhacos, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Bento Vasconcelos, Leandro Chagas e Alcides de Moraes, o Tatão, são os fundadores.
Duas versões explicam as cores azul e amarelo-ouro. Uma delas afirma que elas foram adotadas pela Casa de Bragança. A outra, indica que em uma das entradas do Morro do Borel uma fábrica de cigarros tinha como símbolo um pavão-real.
A Beija-flor de Nilópolis nasceu no Natal de 1948. Ela se formou como um bloco a partir da união de Negão da Cuíca, Edinho do Ferro Velho, Helles Ferreira da Silva, Mário Silva, Walter da Silva, Hamilton Floriano e José Fernandes da Silva.
A inspiração do nome foi o Rancho Beija-Flor, que existia em Marquês de Valença, na região serrana do Rio. Sendo assim, o bloco, em 1953, passou a ser, de vez, uma escola de samba.
O Acadêmicos do Salgueiro nasceu em 1953, fruto da fusão entre duas escolas do Morro: Azul e Branco e Depois Eu Digo. A escola, então, despontou com Fernando Pamplona e conquistou seu primeiro título, em 1960, com um enredo sobre Zumbi dos Palmares.
O símbolo do Salgueiro é formado por um círculo vermelho, onde ficam dispostos os símbolos – o pandeiro, o surdo de barrica, o tamborim quadrado, o afoxé de cabaça com fitas e uma baqueta.
Coube a Antônio Fernandes da Silveira, morador do Morro dos Macacos conhecido como Seu China, ser o fundador da Unidos de Vila Isabel. Ele acreditava que a terra de Noel Rosa deveria ter escola de samba também.
A coroa, principal símbolo, é uma referência à Princesa Isabel, que dá nome ao bairro, com as cores azul-celeste e branco. Assim, a agremiação surgiu no dia 4 de abril de 1946 no quintal de uma casa na Rua Senador Nabuco e tem como principal baluarte Martinho da Vila.
A Mocidade Independente de Padre Miguel, fundada em 1955, nasceu de um bloco de carnaval que foi originado a partir de um time de futebol de várzea, o Independente Futebol Clube.
A escola manteve as cores que eram símbolo do bloco, o verde e branco. O símbolo passou a ser uma estrela de cinco pontas (guia) e aderiu o castor em homenagem ao contraventor Castor de Andrade, importante figura da agremiação.
A primeira escola do Morro do Tuiuti foi a Unidos do Tuiuti, de 1933, tendo a Paraíso das Baianas, de 1940. A Paraíso do Tuiuti foi fundada em 1952, a partir da união entre os integrantes dos dois grupos. Ela tem como símbolo uma coroa, com uma lira, ladeada por ramos de louro.
Uma das escolas mais novas do Grupo Especial, a Acadêmicos do Grande Rio se originou, em 1988, da fusão entre a Acadêmicos de Caxias e a G.R.E.S. Grande Rio (União do Centenário, Cartolinhas de Caxias, Capricho do Centenário e Unidos da Vila São Luis).
A escola nasceu com as cores verde, vermelho e branco, sendo fundada por Milton Abreu do Nascimento, o Perácio. O brasão é dividido entre um tambor com baquetas cruzadas e a Refinaria Duque de Caxias, a Reduc.
A Portela foi fundada a partir do bloco “Conjunto Oswaldo Cruz”. No comando do grupo, Paulo da Portela, Alcides Dias Lopes, Heitor dos Prazeres, Antônio Caetano, Antônio Rufino, Manoel Bam Bam e Natalino José do Nascimento, o Natal.
O nome Portela foi em uma homenagem à rua onde ficava a sede do grupo (Madureira e Oswaldo Cruz, na Zona Norte do Rio). Antônio Caetano, desenhista da Marinha, usou as cores azul e branco em homenagem ao manto de Nossa Senhora Conceição e a águia.
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