Quadrilha que sequestrou idoso e roubou meio milhão de reais lavava dinheiro com criptomoedas e ostentava vida de luxo


Grupo foi alvo de operação da Polícia Civil nesta sexta-feira (28), com mandados de busca e apreensão cumpridos em Ribeirão Preto (SP) e Jardinópolis (SP). Suspeito está foragido e deve ter nome incluído na lista da Interpol. Líder de quadrilha que sequestrou idoso e roubou meio milhão de reais lavava dinheiro com criptomoedas e ostentava vida de luxo
Redes sociais
A quadrilha que sequestrou um idoso de 85 anos e roubou R$ 525 mil dele em Taiúva (SP) em abril de 2024 ostentava vida de luxo nas redes sociais. Nesta sexta-feira (28), o grupo foi alvo de uma operação da Polícia Civil, com mandados de busca e apreensão cumpridos em Ribeirão Preto (SP) e Jardinópolis (SP).
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Durante a operação, os policiais também tentaram prender Eric Antônio Pereira de Souza, apontado como um dos líderes da quadrilha. Ele, no entanto, não foi encontrado, é considerado foragido e deve ter o nome incluído na lista da Interpol, já que existe a possibilidade de ele estar em outro país.
Segundo o delegado João Vitor Silvério, Eric se identificava como trader, profissional que atua no mercado de investimentos financeiros, e era responsável por lavar o dinheiro da quadrilha com criptomoedas (moedas digitais). Nas redes, ele aparece em festas, casas e carros luxuosos.
“Era responsável pela lavagem do dinheiro. Pega o dinheiro do crime, roubado da conta da vítima, e insere novamente no sistema financeira, passando por transações, subtransações em diferentes contas, para que tenha uma aparência lícita. Aproximadamente R$ 500 mil foram utilizados para a aquisição de criptomoedas”, diz o delegado.
A defesa do suspeito não foi encontrada pela reportagem.
Sequestro
O idoso sequestrado em abril de 2024 foi mantido em cárcere privado por mais de sete horas e teve os R$ 525 mil transferidos de suas contas bancárias por meio de aplicativos instalados em seu celular.
Ainda de acordo com o responsável pelas investigações, a vítima foi agredida e foi ameaçada com uso de arma de fogo.
“A vítima estava caminhando em via pública e foi arrebatado, levado à zona rural. Ali, os autores a mantiveram amarrada, agrediram fisicamente. Ela foi mantida sob a mira de arma de fogo por mais de sete horas, enquanto outros comparsas, de posse do celular da vítima, desbloqueado e com senhas de aplicativos bancários, conseguiram efetuar diversas transferências via Pix”, destaca Silvério.
Operação
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em endereços de Ribeirão Preto e Jardinópolis (SP), três pessoas e uma empresa suspeita de integrar o núcleo financeiro da quadrilha, responsável pela lavagem de dinheiro obtido nos crimes.
Durante as buscas, foram apreendidos celulares, pen drives e documentos. A Justiça também determinou o bloqueio de contas bancárias e aplicações financeiras em nome dos investigados, além do sequestro de ativos, incluindo criptomoedas. Ainda não há informações sobre valores bloqueados.
Duas pessoas investigadas receberam medidas cautelares, como a proibição de deixar a cidade onde residem e a obrigação de comparecer mensalmente ao fórum para comprovar o endereço.
A polícia segue com as investigações para identificar outros integrantes da quadrilha, principalmente os responsáveis pelo sequestro em Taiúva. O caso continua sob investigação.
Operação mira quadrilha especializada em sequestros-relâmpago em Ribeirão
Reprodução
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