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Marcinho VP, um dos líderes do CV (Comando Vermelho), negou a existência de um pacto entre sua facção e o PCC (Primeiro Comando da Capital). A declaração ocorre após um relatório da MJSP (Secretaria de Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública) alertar para um possível acordo entre as duas maiores facções criminosas do país.
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Marcinho VP está preso desde 1996 – Foto: Reprodução/RecordTV
O CV é a maior organização criminosa do Rio de Janeiro, enquanto o PCC domina São Paulo. Na década de 1990, os grupos firmaram uma aliança, mas, com o tempo, se tornaram rivais. “Permanecem como inimigos”, afirmou Marcinho VP sobre a relação atual entre as facções.
Relatório sugere que libertação de Marcinho VP pode impedir trégua
Desde 2019, o CV e o PCC têm negociado uma trégua por meio de advogados de Marcinho VP e Marcola, líder do PCC. O objetivo é reivindicar melhores condições no sistema prisional.
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Marcola é o único fundador do PCC vivo e foi condenado a 338 anos de reclusão – Foto: Reprodução/ND
Segundo o promotor Lincoln Gakiya, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), a trégua tem sido observada no Rio de Janeiro e em São Paulo desde 2023, quando Marcola foi internado por problemas de saúde.
O relatório do MJSP, no entanto, sugere cautela ao analisar um possível acordo. O documento destaca que a iminente libertação de Marcinho VP pode reduzir seu interesse em negociar com uma facção historicamente rival. “A proximidade de sua libertação reforça a tese de que ele não demonstraria interesse em uma trégua”, afirma o texto.