Quais são os países do BRICS? Saiba a importância de cada uma das nações

Cooperativa global entre países emergentes, o BRICS já corresponde a 37% do PIB mundial, segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional). Muito dessa força econômica se deve ao poderio dos países do BRICS: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Bandeiras hasteadas em mastro. Da esquerda para a direita, estão as bandeiras da África do Sul, China, Índia, Rússia e Brasil

O BRICS é uma cooperação global entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – Foto: Reprodução/ND

Atualmente, além dos países fundadores, o BRICS já conta com outros membros em sua composição, o que dá ao mecanismo internacional de cooperação mais força no mercado mundial.

Quais são os países do BRICS?

Diferente do que muitos imaginam, o BRICS não é um bloco econômico como a União Europeia, mas sim uma cooperativa ativa entre os países mais emergentes do mundo, buscando o desenvolvimento socioeconômico sustentável de seus territórios e uma expansão das parcerias comerciais.

A sigla é justamente uma referência as iniciais dos países fundadores do BRICS, que começou a se reunir de maneira informal em 2006 e em encontros anuais a partir de 2009.

Representantes dos países do Brics em cupula do grupo, dando as mãos erguidas em sinal de união

Brics vai contar com seis novos membros além de sua formação original – Foto: RIcardo Stuckert/PR

Os países do BRICS são:

  • Brasil;
  • Rússia;
  • Índia;
  • China;
  • África do Sul (South Africa, em inglês, correspondendo a letra S do fim, já que o país foi o último a ingressar, em 2011).

Mais recentemente, em 2023, outros países se juntaram a iniciativa, aumentando a força da parceria global.

Assim, o BRICS também conta com outros países em sua formação, sendo eles:

  • Emirados Árabes Unidos;
  • Egito;
  • Etiópia;
  • Irã;
  • Arábia Saudita.

Como funciona a estratégia do BRICS

O funcionamento dessa parceria funciona a partir do diálogo entre os países membros, com a cooperação econômica, política, social, cultural e pessoal.

Para o alinhamento dos objetivos e dos pilares, são realizadas reuniões entre os representantes das nações envolvidas, além dos tradicionais encontros anuais.

Atualmente, a principal intenção do movimento é alterar o sistema de governança global, propondo alternativas às grandes instituições lideradas por potências europeias e pelos Estados Unidos, como o FMI e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

O caminho para o fomento às economias emergentes tratado pelo grupo é o NDB (New Development Bank, ou Novo Banco de Desenvolvimento), atualmente presidido por Dilma Rousseff.

Dilma Rousseff, uma mulher branca, de cabelos curtos, discursando em um palanque com inscrições em chinês

Dilma Rousseff é a presidente do banco dos BRICS – Foto: @dilmarousseff Instagram/Reprodução/ND

Consolidado como uma instituição financeira multilateral do Sul Global, o banco opera para o financiamento de projetos de infraestrutura sustentável em economias emergentes e países em desenvolvimento.

Qual o papel de cada país do membro?

Mais que a força econômica e populacional, cada país fundador também tem a vantagem de estar bem posicionado geograficamente, facilitando as relações políticas e comerciais.

Presidido atualmente pelo Brasil, os eixos de atuação do país ao longo do ano é a reforma da governança global e a cooperação entre países do Sul Global.

Conheça a seguir o papel dos principais países no BRICS.

Brasil

Com maior influência na política global, o Brasil tem poder de coordenar junto aos outros membros questões essenciais sobre decisões políticas e econômicas.

Buscando soluções para problemas que afetam os países emergentes, o país trabalha para promover a integração e desenvolvimento na América do Sul, solidificando parcerias com países vizinhos.

A atuação do Brasil também envolve a promoção de transações comerciais em moedas locais, como uma alternativa à oscilação do dólar.

Isso sem falar na contribuição do país para integração dos membros na expansão tecnológica.

Rússia

Elo entre países asiáticos e europeus, a Rússia possui grande poder no quesito geopolítico e trabalha no Brics num sistema internacional multipolar, que enfatiza a importância da legislação.

Cumprindo papel de mediação entre a Índia e a China na questão de fronteiras, o país tem grande importância para o BRICS por ser um grande produtor e exportador de petróleo, aumentando a relevância da cooperação econômica entre os membros.

Da mesma maneira que o Brasil, a nação comandada por Vladimir Putin, tem a intenção de aumentar o uso das moedas nacionais no comércio mútuo entre os países membros e nações parceiras do grupo.

Índia

O foco do país asiático está no fortalecimento da diversidade civilizacional e na promoção coletiva do BRICS para se tornar mais relevante internacionalmente.

Como os outros fundadores, a Índia está comprometida a construir um mundo multipolar, sem predominância de uma nação, aprofundando suas relações com a China e EUA.

Somado a isso, o país tem um potencial enorme na área tecnológica, levando seus recursos para seus parceiros e ampliar o seu poder de negociação.

China

Potência econômica global, a China desempenha um papel importante na formação das relações internacionais através da organização, impulsionando o desenvolvimento das demais nações.

Presidente da China e do Brasil se cumprimentando em encontro no Itamaraty

China e Brasil são parceiros comerciais de longa data – Foto: Reprodução/ Ricardo Stuckert/PR/ND

Antagonista dos EUA, o país expande seu alcance trazendo novos membros para o bloco, descentralizando a influência ocidental.

Fundamental na criação do NDB, promove a valorização das moedas locais, no caso chinês, o yuan, nas transações comerciais.

Vendo o BRICS como ferramenta para promover economias emergentes, a China reduz a sua vulnerabilidade a sanções e crises ocidentais.

África do Sul

Apesar de ter a menor economia do grupo, a África do Sul representa uma porta de entrada para o BRICS em seu continente, facilitando acordos e investimentos para países africanos.

Presente em outros blocos e grupos econômicos, a África do Sul fortalece o peso diplomático dos BRICS em questões globais, atuando como ponte entre economias emergentes e nações africanas menos desenvolvidas.

Com sua riqueza em recursos naturais e minerais, aumenta o seu potencial de negociação, se beneficiando dos investimentos dos parceiros para crescer ainda mais.

Benefícios do Brics para os países fundadores

A cooperação entre os países do BRICS traz uma série de vantagens econômicas, políticas e estratégicas para seus membros e para o cenário global.

Por reunir algumas das maiores economias emergentes do mundo, o movimento promove um sistema internacional mais equilibrado e menos dependente das potências ocidentais.

No campo econômico, o BRICS fortalece o comércio e os investimentos entre seus membros, criando novas oportunidades de crescimento.

A China, por exemplo, é um grande parceiro comercial do Brasil, da Rússia e da África do Sul, impulsionando exportações e infraestrutura.

Sem falar que o NDB, banco criado pelo grupo, oferece financiamento para projetos sem as exigências tradicionais do FMI e do Banco Mundial, permitindo mais autonomia para os países em desenvolvimento.

Politicamente, o BRICS atua para ampliar a voz das economias emergentes em fóruns internacionais, como a ONU e o G20.

Defendendo um mundo no qual as decisões são mais distribuídas, a cooperação reforça a soberania nacional de cada um dos países pertencentes.

A colaboração também é notada na troca de conhecimentos e recursos sobre tecnologia, ciência e educação.

Com uma visão compartilhada de áreas estratégicas, há o desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras.

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