Explosão de granada do período da guerra civil no Camboja mata duas crianças

Operário procura minas em plantação na província de Svay Rieng, em 11 de fevereiro de 2025Tang Chhin Sothy

TANG CHHIN Sothy

Duas crianças morreram na explosão de uma granada, enterrada desde a guerra civil do Camboja, quando brincavam perto de sua casa, informaram as autoridades locais neste domingo.

A explosão ocorreu no sábado em um vilarejo da província de Siem Reap (noroeste do país), que foi cenário de combates entre os soldados do governo cambojano e os rebeldes do Khmer Vermelho nos anos 1980 e 1990.

O menino e a menina que faleceram eram primos e tinham dois anos de idade.

“Segundo o relatório de investigação, as duas crianças brincavam cavando o solo e podem ter atingido (a granada) com um objeto que causou a explosão”, disse Heng Ratana, diretor geral do Centro Cambojano de Ação contra as Minas.

Ele afirmou que uma das crianças morreu no momento da explosão e a outra faleceu no hospital.

O acidente ocorre depois que o Camboja foi obrigado a suspender as operações de retirada de minas terrestres por várias semanas devido ao corte do financiamento de Washington, depois que o presidente Donald Trump congelou a ajuda externa por 90 dias.

As autoridades do país asiático informaram que os operários devem retomar o trabalho de eliminação de munições não detonadas depois que os Estados Unidos concederam uma isenção para a continuidade das atividades no Camboja.

O país tem munições e armas descartadas pelas décadas de guerra que viveu desde os anos 1960.

A guerra civil terminou em 1998, mas as mortes por minas e outros dispositivos não detonados causaram mais de 20.000 mortes desde 1979.

O Camboja tinha o objetivo de acabar com as minas até 2025, mas o objetivo foi adiado em cinco anos devido às dificuldades de financiamento e à descoberta de um novo campo de minas terrestres ao longo da fronteira com a Tailândia.

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