‘Sonhei tanto com isso, vocês não têm ideia’, diz refém em reencontro com os pais em Israel


Entregas dos reféns pelo grupo terrorista Hamas à Cruz Vermelha ocorreram em três momentos distintos neste sábado (22). Acordo também prevê a liberação de 602 prisioneiros palestinos por Israel. Multidão reunida em Tel Aviv, em Israel, aguardando a entrega dos reféns neste sábado (22)
Ronen Zvulun/Reuters
O grupo terrorista palestino Hamas entregou na manhã deste sábado (22), no horário de Brasília, os últimos seis reféns israelenses vivos previstos para serem trocados na primeira fase do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que entrou em vigor em 19 de janeiro.
A libertação dos seis israelenses ocorreu em etapas. A entrega dos dois primeiros reféns, Tal Shoham e Avera Mengisto, à Cruz Vermelha, responsável por levá-los a Israel, aconteceu em Rafah, cidade ao sul de Gaza que fica na fronteira com o Egito, por volta das 5h deste sábado, no horário de Brasília.
Horas depois, por volta das 7h40 no horário de Brasília, Omer Shem, Eliya Cohen e Omer Wenkert foram entregues pelo Hamas à Cruz Vermelha em Nuseirat, na região central de Gaza.
O último refém israelense, Hisham Al-Sayed, foi entregue à Cruz Vermelha pouco antes das 10h no horário de Brasília, informaram as Forças de Defesa de Israel (FDI). A libertação de Al-Sayed não teve uma cerimônia, como nas outras duas entregas, e ainda não se sabe em qual local de Gaza e sob quais condições ela ocorreu. Israel confirmou a chegada dos seis reféns ao país.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
Refém israelense se reúne com familiares em Israel após ser libertado
Quatro dos reféns, Eliya Cohen, 27, Tal Shoham, 40, Omer Shem Tov, 22, e Omer Wenkert, 23, foram capturados por homens armados do Hamas durante o ataque terrorista a Israel em 7 de outubro de 2023.
Outros dois, Hisham Al-Sayed, 36, e Avera Mengisto, 39, foram mantidos pelo Hamas desde que entraram na Faixa de Gaza separadamente em circunstâncias não explicadas ​​há cerca de uma década.
Em troca, espera-se que Israel liberte 602 prisioneiros palestinos mantidos em centros de detenção de Israel.
O acordo de troca de reféns e prisioneiros foi mantido apesar de uma série de problemas entre as partes que quase levou à quebra do cessar-fogo nos últimos dias.
Identificação de Shiri Bibas
Na madrugada deste sábado, pelo horário de Brasília, a família de Shiri Bibas confirmou que um novo corpo entregue pelo grupo terrorista na sexta-feira (21) foi identificado como sendo dela, informou a Reuters.
Na quinta-feira (20), Israel acusou o Hamas de violar os termos do cessar-fogo ao entregar um corpo incorretamente identificado como o de Shiri Bibas, que havia sido sequestrada no ataque de 7 de outubro junto com seus dois filhos, Ariel, de 4 anos, e Kfir, de apenas 8 meses na época do atentado.
O grupo terrorista Hamas diz, sem evidências, que tanto os meninos quanto a mãe deles teriam morrido em um bombardeio israelense que atingiu reféns e palestinos. Por isso, os restos mortais de Shiri teriam se misturado com o de outras pessoas. Israel nega. Na sexta (21), o porta-voz das Forças Armadas israelenses afirmou que os terroristas assassinaram os meninos Ariel e Kfir.
Os restos mortais entregues junto ao das crianças não correspondiam ao de nenhum dos reféns israelenses, segundo as Forças de Defesa de Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ameaçou fazer o Hamas “pagar o preço” por não devolver o corpo, mas evitou abandonar o acordo de cessar-fogo.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.

Os comentários estão desativados.