Deputados do Paraná aprovam projeto que aumenta número de visitantes na Ilha do Mel para 11 mil por dia


Novo número de visitantes só será permitido após saneamento com rede de esgoto chegar à ilha. Também será cobrado aproximadamente R$ 20 por visitante. Proposta deverá passar por segunda votação na próxima semana. Projeto cria marco regulatório da Ilha do Mel
Deputados estaduais do Paraná aprovaram nesta quinta-feira (20), em primeira discussão, um projeto de lei que aumenta o número de visitantes na Ilha do Mel, no litoral do estado, para 11.049 por dia. Atualmente, o número de visitantes permitido diariamente é de 5 mil.
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O projeto, aprovado por unanimidade, cria o Marco Regulatório com foco no desenvolvimento sustentável da ilha, estabelecendo novas regras para a ocupação e turismo do local.
Ele deverá passar por uma segunda votação, prevista para ocorrer na próxima semana, e, se aprovado, segue para a sanção do governador Ratinho Junior.
Segundo o Governo do Paraná, o novo número de visitantes só será permitido depois que o saneamento com rede de esgoto chegar à ilha.
Além disso, os visitantes serão divididos entre as duas vilas da ilha, sendo 5.903 no Terminal Nova Brasília e 5.146 em Encantadas.
O governo pretende ainda cobrar uma taxa de aproximadamente R$ 20 de cada um dos visitantes, independente do número de dias que a pessoa ficará na ilha.
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Política de preservação ambiental
Ilha do Mel
José Fernando Ogura/AEN
A proposta define que caberá ao Instituto Água e Terra (IAT), do Governo do Paraná, exercer o papel de Polícia Administrativa Ambiental, o que inclui gerir as áreas cedidas pela União do estado. O órgão deverá também implementar medidas de controle de acesso das pessoas e de fiscalização.
Também prevê atividades econômicas sustentáveis durante a baixa temporada, a fim de gerar trabalho e renda aos moradores. Há também planos para a implantação de saneamento ambiental nas áreas ocupadas e ações para coleta, tratamento de lixo e drenagem.
O projeto prevê ainda a criação da Unidade de Administração da Ilha do Mel, que deverá seguir um plano de controle ambiental, uso e ocupação do solo com a participação da sociedade.
Para a Associação dos Moradores Nativos, a presença de um conselho popular é fundamental para a tomada de decisões da ilha.
“Ela é vista hoje como turismo, mas a gente tem que olhar para a comunidade tradicional, para os moradores que estão aqui”, defende
Zoneamento e controle
O projeto cria o zoneamento da ilha, a dividindo em sete áreas e com a separação de locais exclusivos para a conservação ambiental.
Algumas regiões são de proteção da população tradicional, como a Ponta Oeste, que prevê o respeito e a valorização da cultura e da economia local. Em outra Área, chamada de Especial, serão proibidas novas ocupações e construções. Na Área de Controle, será permitida apenas a circulação de pedestres em locais delimitados por trilhas.
O espaço destinado ao turismo será concentrado nas áreas das vilas, onde ficará permitida a ocupação, conforme o Plano de Controle Ambiental, Uso e Ocupação do Solo da Ilha.
O projeto estabelece a recuperação de regiões degradadas e o uso dos espaços públicos para atividades culturais, esportivas e de interesse público.
Além disso, para novas construções, a altura máxima permitida será de 6,5 metros, o equivalente a um sobrado de dois andares.
Farol das Conchas na Ilha do Mel
Acervo/Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá (IHGP)
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