Dezesseis animais estão disponíveis para adoção, como gaviões e tartarugas. Seleção dos candidatos é rigorosa e exige envio de documentos, como RG, CPF, comprovante de residência, entre outros. Ring Neek, tartaruga-de-orelha-vermelha e gaviões-carijó estão disponíveis para adoção pelo programa “Guardião da Fauna”.
Iema
Quando ouvimos falar em adoção de animalzinho para levar para casa, em um primeiro momento, pensamos em cachorros e gatos, não é mesmo? Mas, no Espírito Santo, animais silvestres e exóticos estão disponíveis para adoção responsável, como gaviões e tartarugas.
O programa ‘Guardião de Fauna’, do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), é o que permite a possibilidade, garantindo lares para bichos que não podem retornar à natureza devido a condições físicas ou comportamentais. Em 2024, 120 animais foram disponibilizados para adoção.
Até esta quarta-feira (19), 16 animais estão disponíveis para adoção, sendo cinco agapórnis (conhecidos como pássaros do amor), um Ring Neck (periquito de colar), cinco gaviões-carijó e cinco tartarugas-de-orelha-vermelha.
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Entre os animais, apenas os gaviões têm deficiência nas asas ou dificuldades de locomoção, o que impede o voo e a reintrodução na natureza. Atualmente, todos estão no Centro de Reintrodução de Animais Selvagens (Cereias), em Aracruz, onde passam por exames e quarentena.
O coordenador de Fauna do Iema, Cosme Carvalho, explicou que todos os animais, incluindo os que estão fisicamente saudáveis, precisam de um ambiente adequado para sua manutenção, já que são espécies exóticas.
“Essa possibilidade de adoção oferecida pelo programa evita que os animais sejam soltos em locais inadequados, o que poderia causar desequilíbrios ecológicos”, destacou.
Animais resgatados ou frutos de entregas voluntárias
Agapórnis, conhecidos como pássaros do amor, estão disponíveis para adoção.
Iema
Os animais disponibilizados para adoção pelo programa Guardião de Fauna foram acolhidos após resgates, apreensões ou entregas voluntárias. Eles passam por avaliação nos Centros de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetas), antes de serem disponibilizados para adoção.
“A modalidade evita que os animais permaneçam nos Cetas por período superior ao necessário, o que sobrecarregaria os centros, além de assegurar que recebam o cuidado e a atenção adequados”, pontuou Carvalho.
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Como se candidatar
Gaviões-carijó estão disponíveis para adoção no Espírito Santo.
Iema
A categoria Guardião de Fauna foi criada pela Instrução Normativa Nº 12-N, de 2020, e é adotada apenas quando não há outras alternativas viáveis, como zoológicos, mantenedores ou criadouros conservacionistas.
Para se tornar um Guardião de Fauna, é necessário realizar um cadastro enviando um e-mail para [email protected], informando o nome completo e os animais de interesse. A seleção é rigorosa e feita com base na ordem de inscrição e nas condições do animal.
O processo de adoção exige o envio de documentos, como RG, CPF, comprovante de residência, Certidão Negativa de Débitos Ambientais (CNDA) e um memorial descritivo do recinto onde o animal será mantido, garantindo que a estrutura atenda às necessidades do indivíduo.
“A pessoa tem que entender que recebe uma autorização do estado, semelhante a uma licença para ter o animal. Uma série de responsabilidade estão condicionadas, mesmo após a adoção autorizada, como atestado médico veterinário anual e fotos dos recintos. O cidadão não é dono do animal e sim um tutor, que vai cuidar. Mas o estado tem responsabilidade sobre o animal, então ele pode ser retirado do tutor diante de irregularidades”, disse Carvalho.
O guardião também deve arcar com custos como alimentação, marcação do animal por anilha ou microchip, e apresentar um atestado de saúde anual emitido por um médico veterinário.
O coordenador explicou que a taxa de adoção é alta e que, normalmente, as pessoas interessadas tem conhecimento de animais, por exemplo, são biólogos, veterinários. Entretanto, isso não é um requisito obrigatório, se necessário, o tutor pode solicitar orientação com especialistas do instituto, como zootecnistas e biólogos.
Em qualquer período do ano os interessados podem enviar um e-mail para fazer o cadastro e entrar na lista de espera, chegando novos animais, as pessoas são avisadas.
Animais silvestres e exóticos
Tartarugas-de-orelha-vermelha também estão disponíveis para adoção no Espírito Santo pelo programa “Guardião da Fauna”
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Para o Iema, no Espírito Santo, são considerados animais silvestres aqueles que são do Brasil, porém de outros estados. Já os exóticos são aqueles que não tem origem no Brasil.
“No caso do cachorro e gato, a gente considera animais domésticos, não precisa de autorização para ter um. Mas tanto o silvestre como o exótico, tem que ter certificado de origem, histórico, informações sobre o local que está comercializando. Por exemplo, animais exóticos provenientes de criadores clandestinos, possuem problemas sérios, como questões de consanguinidade. A pessoa acaba adquirindo um bicho com deficiência genética ou que passam por condições nem sempre adequadas de cuidados. O estado tem intensificado a fiscalização em criadores e cativeiros irregulares”, apontou.
Uma lista de empreendimentos autorizados a comercializar animais silvestres e exóticos no estado está disponível para consulta, para quem quer adquirir um animal do tipo, no site do Iema.
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