Ao convidar Daniela Mercury e Ivete Sangalo para show, Margareth Menezes junta principais vozes femininas do axé


Daniela Mercury (à esquerda), Margareth Menezes (ao centro) e Ivete Sangalo são convidadas do show de Maga
Montagem de divulgação
♫ ANÁLISE
♪ O show é de Margareth Menezes, acontece na Bahia e está programado para as 17h de hoje, sábado, 15 de janeiro. E, por ter participações de Daniela Mercury e Ivete Sangalo, a realização do show Maga convida – Axé 40 anos no Candyall Guetho Square, em Salvador (BA). já tem importância histórica.
Afinal, estarão juntas, no palco, no show idealizado por Margareth sob direção artística de Vavá Botelho, as três principais vozes femininas da axé music, rótulo dado a música afro-pop-baiana que surgiu em 1985 a partir da miscigenação de vários gêneros musicais e que, portanto, completa 40 anos em 2025.
Uma cantora já participou de discos e shows da outra. Mas não é sempre que as três estão juntas em cena.
Margareth Menezes é a pioneira. Além de ter a voz mais potente e calorosa da Bahia, Maga – como a ministra da Cultura é chamada no meio musical – foi a primeira cantora a dar voz ao samba-reggae em 1987 ao gravar Faraó (Divindade do Egito), música do compositor baiano Luciano Gomes que se tornou hit obrigatório nos shows da artista ao longo desses 38 anos.
Revelada como vocalista da banda soteropolitana Companhia Clic, com a qual lançou dois álbuns em 1988 e 1989, Daniela Mercury ganhou projeção nacional quando lançou o primeiro álbum solo em 1991. A explosão aconteceu em 1992 com o disco e show O canto da cidade.
Já Ivete Sangalo rompeu as fronteiras da Bahia a partir de 1993, como vocalista da Banda Eva. No auge comercial da axé music, Ivete vendeu milhões de discos com a Banda Eva até sair em 1999 em carreira solo que engrenou a partir do ano seguinte, mantendo a popularidade da artista.
Se Margareth Menezes sobressaiu pelo canto incandescente, mote de álbuns consistentes como Kindala (1991), Daniela Mercury se impôs com discografia repleta de álbuns conceituais que geraram shows em que a dança potencializou a força da música e do canto da artista. Já Ivete se sustenta pela bela voz, por (grandes) hits e pelo carisma incendiário no palco.
Cada uma com as devidas particularidades, as três cantoras chegaram a 2025 como as vozes femininas mais representativas da música pop baiana que ha´40 anos arrasta multidões com o genérico rótulo de axé music. Por isso, o convite de Margareth Menezes para Daniela Mercury e Ivete Sangalo participarem do show de hoje no Candyall Guetho Square carrega muito simbolismo.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.

Os comentários estão desativados.