Pirâmide financeira de R$ 11 milhões fez mulher envenenar marido

Natalie e Michael Cochran Reprodução/redes sociais

Um caso de fraude e assassinato chocou a Virgínia Ocidental, nos Estados Unidos. Natalie Cochran, de 41 anos, foi condenada à prisão perpétua pelo suposto assassinato do marido, Michael Cochran, de 38 anos. A Justiça determinou que ela o envenenou com insulina para impedir que ele descobrisse um esquema de pirâmide financeira que movimentou mais de R$ 11 milhões.

Natalie já cumpria pena de 11 anos por fraude e lavagem de dinheiro quando foi indiciada pelo homicídio, em novembro de 2021. O julgamento foi encerrado no final de janeiro deste ano, com a condenação pelo assassinato em primeiro grau.

Golpe milionário

Entre 2017 e 2019, Natalie e Michael fundaram a Tactical Solutions Group (TSG), empresa que supostamente vendia armas e equipamentos para o governo dos EUA. A promessa de altos retornos financeiros atraiu amigos e familiares como investidores, mas a companhia não passava de uma farsa.

Michael CochranReprodução

Sem contratos ou produtos reais, a TSG operava como uma pirâmide financeira, pagando antigos investidores com o dinheiro dos novos. O esquema financiou uma vida de luxo para o casal, que comprou três imóveis, veículos caros e fez viagens internacionais.

As fraudes começaram a ser descobertas quando Natalie, que era tesoureira de uma liga de beisebol escolar, desviou cerca de R$ 80 mil do caixa da organização. Investigadores particulares apontaram que o dinheiro estava sendo gasto com compras pessoais.

No dia 6 de fevereiro de 2019, Michael passou mal e foi encontrado inconsciente na cozinha de casa. Naquela manhã, o casal viajaria para uma reunião bancária que poderia expor as fraudes de Natalie.

Amigos tentaram convencê-la a levá-lo ao hospital, mas ela insistiu que ele só precisava descansar. Quando finalmente recebeu atendimento médico, cinco horas depois, Michael já estava em estado grave. Ele morreu após cinco dias internado.

Inicialmente, sua morte foi tratada como natural. Porém, durante uma investigação financeira, a polícia encontrou um frasco de insulina na casa do casal. Exames feitos após a exumação do corpo confirmaram que ele morreu por uma overdose da substância.

A defesa de Natalie alegou que Michael usava insulina para ganho de massa muscular e que sua morte não estava relacionada à pirâmide financeira. O júri rejeitou essa versão, e a mulher foi condenada à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

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