Nesta quinta, o presidente dos EUA, Donald Trump, determinou cobrança de tarifas recíprocas a países que cobram taxas de importação de produtos americanos. Isso quer dizer que tarifas aplicadas por países serão aplicadas nos Estados Unidos para em suas compras. Donald Trump anuncia novas tarifas contra países que taxam produtos americanos
A Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) informou nesta sexta-feira (14) que, embora a tarifa média de importação brasileira para o mundo seja de 12,4%, o imposto médio efetivo sobre as importações americanas é de 2,7%.
“Essa diferença ocorre devido à alta participação de produtos americanos com alíquota zero nas importações brasileiras, como aeronaves e suas partes, petróleo bruto e gás natural, além do uso de regimes aduaneiros especiais – como drawback, ex-tarifário e Recof – que reduzem ou eliminam impostos sobre importações dos Estados Unidos. Como resultado, mais de 48% das exportações americanas para o Brasil entram sem tarifas, e outros 15% estão sujeitos a alíquotas de no máximo 2%”, informou a Amcham Brasil.
A Amcham Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, apartidária e que não possui vínculos ou recebe recursos financeiros de governos. Buscando estimular o comércio com os EUA, ela possui mais de 3.500 empresas associadas, que representam, em conjunto, cerca de 1/3 do PIB e três milhões de empregos diretos no Brasil.
Nesta quinta-feira (13), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um memorando que determina a cobrança de tarifas recíprocas a países que cobram taxas de importação de produtos americanos. Isso quer dizer que tarifas aplicadas por países serão aplicadas nos Estados Unidos para em suas compras.
Entre os exemplos para a política de tarifas recíprocas, o governo dos EUA cita o etanol brasileiro: “a tarifa dos EUA sobre o etanol é de apenas 2,5%. No entanto, o Brasil cobra uma tarifa de 18% sobre as exportações de etanol dos EUA. Como resultado, em 2024, os EUA importaram mais de US$ 200 milhões em etanol do Brasil, enquanto exportaram apenas US$ 52 milhões em etanol para o Brasil.”
📈 Em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, em volume, segundo dados do Departamento de Comércio americano, atrás apenas do Canadá.
📈 Em 2023, os EUA compraram 18% de todas as exportações brasileiras de ferro fundido, ferro ou aço, segundo o governo brasileiro.
Aço e alumínio
Antes disso, o presidente norte-americano, Donald Trump, já tinha anunciado aumento das tarifas sobre aço e alumínio busca revitalizar indústria americana, que perdeu projeção global.
“Nossa nação precisa que o aço e o alumínio permaneçam na América, não em terras estrangeiras. Precisamos criar para proteger o futuro ressurgimento da manufatura e produção dos EUA, algo que não se vê há muitas décadas”, declarou o presidente norte-americano.
Ocorre que, em abril do ano passado, ou seja, há menos de um ano, o governo brasileiro também já tinha adotado uma medida protecionista semelhante, com validade de junho de 2024 em diante.
Na ocasião, o Comitê da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu aumentar o imposto de importação para 25% para alguns produtos de aço. A medida ainda segue em vigor, valendo até o fim de maio deste ano.
Mas, ao contrário dos Estados Unidos, o governo fixou cotas para a importação de aço no ano passado. Somente o que excedesse as cotas fixadas seria sobretaxado.
Amcham Brasil pede diálogo
Diante do anúncio de elevação de tarifas pelos EUA, a Amcham Brasil apontou a “necessidade de um diálogo construtivo entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos para buscar soluções negociadas e equilibradas”.
“A relação econômica e comercial entre Brasil e Estados Unidos é equilibrada e benéfica para empresas, trabalhadores e consumidores de ambos os países. A alta complementariedade e o perfil intrafirma do comércio bilateral tornam os Estados Unidos um fornecedor confiável e competitivo para o setor produtivo brasileiro, assim como o Brasil para as empresas americanas”, avaliou a Amcham Brasil.
Números do Ministério do Desenvolvimento, que tem início em 1997, mostram um saldo superavitário (mais exportações do que importações) de US$ 48,21 bilhões em favor dos EUA. Foram considerados 28 anos de comércio exterior.
Os números oficiais revelam, também, que o Brasil tem registrado déficits comerciais seguidos com os Estados Unidos desde 2009, ou seja, nos últimos 16 anos. Nesse período, as vendas americanas ao Brasil superaram suas importações em US$ 88,61 bilhões.
Por que o etanol brasileiro entrou na mira de Trump
A Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) informou nesta sexta-feira (14) que, embora a tarifa média de importação brasileira para o mundo seja de 12,4%, o imposto médio efetivo sobre as importações americanas é de 2,7%.
“Essa diferença ocorre devido à alta participação de produtos americanos com alíquota zero nas importações brasileiras, como aeronaves e suas partes, petróleo bruto e gás natural, além do uso de regimes aduaneiros especiais – como drawback, ex-tarifário e Recof – que reduzem ou eliminam impostos sobre importações dos Estados Unidos. Como resultado, mais de 48% das exportações americanas para o Brasil entram sem tarifas, e outros 15% estão sujeitos a alíquotas de no máximo 2%”, informou a Amcham Brasil.
A Amcham Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, apartidária e que não possui vínculos ou recebe recursos financeiros de governos. Buscando estimular o comércio com os EUA, ela possui mais de 3.500 empresas associadas, que representam, em conjunto, cerca de 1/3 do PIB e três milhões de empregos diretos no Brasil.
Nesta quinta-feira (13), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um memorando que determina a cobrança de tarifas recíprocas a países que cobram taxas de importação de produtos americanos. Isso quer dizer que tarifas aplicadas por países serão aplicadas nos Estados Unidos para em suas compras.
Entre os exemplos para a política de tarifas recíprocas, o governo dos EUA cita o etanol brasileiro: “a tarifa dos EUA sobre o etanol é de apenas 2,5%. No entanto, o Brasil cobra uma tarifa de 18% sobre as exportações de etanol dos EUA. Como resultado, em 2024, os EUA importaram mais de US$ 200 milhões em etanol do Brasil, enquanto exportaram apenas US$ 52 milhões em etanol para o Brasil.”
📈 Em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, em volume, segundo dados do Departamento de Comércio americano, atrás apenas do Canadá.
📈 Em 2023, os EUA compraram 18% de todas as exportações brasileiras de ferro fundido, ferro ou aço, segundo o governo brasileiro.
Aço e alumínio
Antes disso, o presidente norte-americano, Donald Trump, já tinha anunciado aumento das tarifas sobre aço e alumínio busca revitalizar indústria americana, que perdeu projeção global.
“Nossa nação precisa que o aço e o alumínio permaneçam na América, não em terras estrangeiras. Precisamos criar para proteger o futuro ressurgimento da manufatura e produção dos EUA, algo que não se vê há muitas décadas”, declarou o presidente norte-americano.
Ocorre que, em abril do ano passado, ou seja, há menos de um ano, o governo brasileiro também já tinha adotado uma medida protecionista semelhante, com validade de junho de 2024 em diante.
Na ocasião, o Comitê da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu aumentar o imposto de importação para 25% para alguns produtos de aço. A medida ainda segue em vigor, valendo até o fim de maio deste ano.
Mas, ao contrário dos Estados Unidos, o governo fixou cotas para a importação de aço no ano passado. Somente o que excedesse as cotas fixadas seria sobretaxado.
Amcham Brasil pede diálogo
Diante do anúncio de elevação de tarifas pelos EUA, a Amcham Brasil apontou a “necessidade de um diálogo construtivo entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos para buscar soluções negociadas e equilibradas”.
“A relação econômica e comercial entre Brasil e Estados Unidos é equilibrada e benéfica para empresas, trabalhadores e consumidores de ambos os países. A alta complementariedade e o perfil intrafirma do comércio bilateral tornam os Estados Unidos um fornecedor confiável e competitivo para o setor produtivo brasileiro, assim como o Brasil para as empresas americanas”, avaliou a Amcham Brasil.
Números do Ministério do Desenvolvimento, que tem início em 1997, mostram um saldo superavitário (mais exportações do que importações) de US$ 48,21 bilhões em favor dos EUA. Foram considerados 28 anos de comércio exterior.
Os números oficiais revelam, também, que o Brasil tem registrado déficits comerciais seguidos com os Estados Unidos desde 2009, ou seja, nos últimos 16 anos. Nesse período, as vendas americanas ao Brasil superaram suas importações em US$ 88,61 bilhões.
Por que o etanol brasileiro entrou na mira de Trump