Ducha vaginal, protetor diário e calça apertada: Veja no QUIZ quais hábitos fazem mal à saúde íntima feminina


Ginecologistas ouvidas pelo g1 explicam que hábitos como fazer ducha vaginal e usar protetor diário causam um desequilíbrio no pH vaginal. Neste caso, a região fica mais suscetível a infecções, como candidíase e vaginose bacteriana. A região íntima feminina possui um nível de pH ácido (que varia entre 3,8 e 4,5)
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🤔 Você fica com biquíni molhado por muito tempo quando vai à praia? Usa protetor diário todos os dias? Seca o xixi em um movimento de trás para frente? Cuidado: esses hábitos podem colocar em risco a saúde íntima feminina.
As ginecologistas Karina Peres e Larissa Cassiano explicam que hábitos como esses causam um desequilíbrio no pH vaginal, fazendo com que a região fique mais suscetível a infecções, como candidíase e vaginose bacteriana.
Confira no quiz abaixo se você sabe identificar os hábitos que fazem mal à saúde íntima feminina:

🚨“Se a mulher começar a sentir coceira, corrimento com um mau cheiro muito forte e com aspecto grumoso, parecendo um leite coalhado, é recomendado procurar ajuda médica para identificar o possível problema. Sintomas como dor ou ardência para fazer xixi ou dor na relação sexual também são sinais de alerta para algumas doenças”
– Karina Peres, ginecologista do Hospital Israelita Albert Einstein com título de especialista pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
Abaixo, nesta reportagem você vai ver:
pH vaginal x saúde íntima
Pode depilar a vulva?
7 hábitos para manter a região íntima saudável
pH vaginal x saúde íntima
O pH vaginal é um dos mecanismos de defesa da região íntima da mulher. Por ter um nível de pH ácido (que varia entre 3,8 e 4,5), microrganismos considerados saudáveis para a região íntima conseguem viver em equilíbrio, enquanto microrganismos patogênicos não conseguem sobreviver.
Assim, quando o pH está estabilizado no nível ideal de acidez, a mulher tem um sistema de proteção eficiente contra infecções, como candidíase e vaginose bacteriana.
“Muitas mulheres confundem ou não sabem da existência, mas tem uma diferença entre o que é a vulva e o que é a vagina. De qualquer forma, toda essa região tem um pH ácido porque precisa que as ‘bactérias do bem’, que são os lactobacilos no caso da região vaginal, possam proliferar e outras bactérias oportunistas não”, explica a ginecologista Karina Peres.
👉🏽Entenda: Vulva é o nome dado para a parte externa do aparelho genital feminino, enquanto a vagina é uma cavidade dentro da vulva.
Anatomia da vulva com as glândulas de Skeene
Arte g1
Confira abaixo hábitos que podem alterar o pH da região íntima feminina:
🍬Comer carboidrato e gorduras em excesso
Pode parecer mentira, mas saiba: o consumo excessivo de carboidratos e gorduras pode alterar o pH da vagina. Nessas condições, o pH fica mais ácido, o que contribui para a eliminação das bactérias boas e o desenvolvimento de microrganismos patogênicos (fungos e bactérias).
Neste caso, mulheres com diabetes podem ter uma propensão maior para um desequilíbrio da flora vaginal, em virtude do alto índice glicêmico.
🩸Não respeitar o tempo limite de uso de absorventes
O uso prolongado de um absorvente, seja interno ou externo, pode criar um ambiente propício para a proliferação de bactérias e fungos, aumentando o risco de infecções e alergias. A vagina fica exposta à umidade e com o passar do tempo, a partir da oxidação do sangue da menstruação, pode ter um mau cheiro forte.
O tempo ideal de troca dos absorventes é de, no máximo, 4 horas.
A ginecologista e obstetra Larissa Cassiano, que possui especialização em Gestação de Alto Risco pela Universidade de São Paulo, alerta que tem pacientes que acabam esquecendo o absorvente interno na vagina, o que pode gerar infecções ainda mais graves, como a síndrome do choque tóxico.
👉🏽Entenda: A síndrome do choque tóxico é uma condição rara, mas grave, causada por toxinas produzidas por bactérias, principalmente Staphylococcus aureus. Essas toxinas podem entrar na corrente sanguínea e desencadear uma resposta inflamatória intensa no corpo. Os sintomas incluem febre alta repentina, pressão arterial baixa, enjoo, vômitos e vermelhidão na pele.
🧼Usar sabonete que possua pH inapropriado para a região íntima
É importante lavar a vulva entre uma a duas vezes por dia para evitar a proliferação de bactérias e excesso de suor. Mas essa limpeza deve ser feita com sabonetes que possuem pH neutro (como os de glicerina) ou sabonetes íntimos com um pH próximo ao pH natural da região íntima feminina (3,8 a 4,5).
O uso de sabonetes alcalinos (ph acima de 7), que são os tradicionais em barra, desequilibra a flora vaginal, o que deixa a região mais propícia à infecções.
“Pode lavar apenas a região da vulva com sabonete neutro, sabonete íntimo ou, quando não sentir necessidade, pode lavar apenas com água. A limpeza deve ser feita com as mãos e não deve ser utilizado produtos como esponjas ou cotonetes”, explica a ginecologista Larissa Cassiano.
🚿Fazer ducha vaginal
Introduzir água ou sabonete dentro da vagina é prejudicial para a saúde íntima, a partir do momento que pode causar microfissuras e tirar a barreira de proteção natural – desequilibrar o pH e matar as ‘bactérias do bem’.
A pele da vulva possui queratina, assim como a pele de outras partes do corpo, e, por isso, é mais resistente a alterações do meio externo. Já a pele da vagina é mais sensível por ser feita de mucosa.
Além disso, a vagina tem seus próprios métodos de autolimpeza, não sendo necessário a realização de uma ducha, por exemplo.
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Pode depilar a vulva?
🪒 A ginecologista Larissa Cassiano explica que não existe uma obrigatoriedade ou proibição para a depilação da vulva, e que isso depende do interesse particular de cada pessoa.
Os pelos pubianos são importantes para proteger a vulva de atritos com roupas e durante as relações sexuais, além de fazerem uma barreira contra a entrada de microorganismos potencialmente nocivos. Por outro lado, eles podem acumular suor, gordura e bactérias, o que pode resultar em um odor vaginal com mau cheiro forte.
“Pode retirar os pelos da região íntima, mas cada pessoa precisa olhar isso individualmente. Os pelos são uma camada de proteção. Tem pessoas que retiram os pelos e não sentem mudança na saúde íntima. Mas outras ficam com mais tendência à infecção”, explica a especialista.
Com a depilação, a vulva pode ficar com tendência de ter foliculite (inflamação no folículo piloso) e ficar mais ressecada. Neste caso, existem no mercado hidratantes íntimos que podem ser usados uma vez por dia em peles em que o ressecamento causa incômodo.
7 hábitos para manter a região íntima saudável
Fazer xixi após as relações sexuais é essencial para a saúde íntima feminina
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Especialistas ouvidas pelo g1 informaram sete hábitos para manter a região íntima feminina saudável:
1. Fazer xixi após o sexo: Isso reduz a concentração de bactérias que podem ter entrado na uretra durante a relação sexual.
2. Dormir sem calcinha: Com isso, a região íntima fica seca e arejada, o que evita a proliferação de fungos e bactérias nocivos.
3. Trocar de calcinha: É recomendado fazer pelo menos uma troca de calcinha ao longo do dia, principalmente em dias quentes, para evitar que a região fique com acúmulo de umidade e suor. Após atividades físicas também é indicado fazer a troca.
4. Lavar a vulva: A limpeza da vulva deve ser feita com sabonete neutro ou com pH adequado para a região íntima (3,8 a 4,5).
5. Secar o xixi de frente para trás: Com isso, bactérias intestinais do ânus têm mais dificuldade de chegar na região da vulva, o que diminui o risco de infecções.
6. Faça consultas regulares com ginecologista: Isso ajuda a tirar dúvidas sobre a saúde íntima e também auxilia na detecção de possíveis problemas.
7. Tenha uma alimentação balanceada e beba bastante água: Isso ajuda a fortalecer a imunidade e manter o pH vaginal em equilíbrio.
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(*Estagiária, sob a supervisão de Ardilhes Moreira)

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