Administração municipal aponta que o volume permitido por pessoa é de mil litros por ano e que busca nova empresa para serviços no local. Agência Ambiental multou prefeitura em R$ 13 mil. Moradores reclamam faltar espaço para descartar lixo no único ecoponto de Iracemápolis
Moradores reclamam da situação do único ecoponto de Iracemápolis (SP), que acumula montanhas de materiais descartados sem recolha e tem falta de espaço. Alguns do itens, segundo a população, são deixados de forma irregular. De acordo com a administração municipal, o volume permitido por pessoa é de mil litros por ano. – 📺Imagens de drones dão a dimensão do cenário no local, que fica às margens da Rodovia Doutor Mendes da Silva Junior (SP-151). Assista, acima.
O único ecoponto está cheio e tem lixo até na calçada na região do Parque Industrial de Iracemápolis. O acúmulo de materiais, inclusive de lixo doméstico, também provoca proliferação de insetos. A equipe da EPTV, afiliada da Globo esteve na área e flagrou a situação.
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Multa
Ainda segundo apuração da EPTV, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) chegou a multar a Prefeitura em R$ 13 mil, no último dia 7 de fevereiro, devido a irregularidades na manutenção do espaço e separação dos materiais. Em relação à penalidade, a gestão municipal disse que não foi notificada oficialmente.
Consultada, a administração disse que o contrato com empresa responsável pelo serviço se encerrou e tem tido dificuldades para encontrar fornecedores.
“O município encontra muita dificuldade de encontrar fornecedores que teriam a capacidade de manter esse serviço em dia como o local merece”, disse.
Ecoponto em Iracemápolis
Wesley Almeida/EPTV
O aposentado Brás Francisco Alves chegou no local para fazer o descarte e não escondeu as dúvidas de como proceder. “Não sei como fazer com isso”, disse. “O tamanho da montanha de lixo assunto”, contou.
A recicladora Marinalva Barros dos Santos também aponta dificuldade para trabalhar no local devido à falta de separação adequada dos materiais. “Seria bem mais fácil se fosse tudo separadinho, entulho em um canto, galhos em outro, ficaria mais fácil assim”, observou.
Ecoponto em Iracemápolis
Wesley Almeida/EPTV
Prefeitura
A Prefeitura de Iracemápolis afirmou em nota que realiza “descartes no local de material de poda e roçagem das áreas públicas como praças e áreas verdes por meio de uma empresa terceirizada que realiza esses serviços”, disse. Móveis, colchões e outros tipos de descartes são permitidos no local, mas sempre respeitando o limite diário de até um metro cúbido.
Ecoponto em Iracemápolis
Wesley Almeida/EPTV
A Prefeitura disse ainda que vai apurar o acontecido para entender as razões do descarte mostrado pela reportagem. Sobre os serviços no local, a Prefeitura de Iracemápolis afirmou que tinha um contrato com um serviço de coleta especializada no ecoponto.
“Esse contrato não foi renovado por vontade da empresa que prestava o serviço, por isso o serviço não está sendo realizado mensalmente como era. O local tem um difícil controle de acesso, o que possibilita muitos descartes irregulares e de materiais que não poderiam ser descartados no local”, declarou.
“Atualmente o município deu andamento ao processo de contratação para contratar uma nova empresa que será responsável pela destinação ambientalmente adequada do material que já está no ecoponto. Um outro processo também já está em andamento, esse para a contratação de outra empresa que será responsável por retirar esse material e transportar até o aterro de inertes de maneira correta”, acrescentou no documento. “Reforçamos que a população não deve descartar materiais sem autorização no local, além de lembrar que o município realiza periodicamente campanhas de conscientização em escolas”, concluiu.
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