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Irmão de Marconi Perillo também recebeu repasse suspeito. Valores colocaram ex-governador de Goiás como alvo de operação da PF sobre desvios na Saúde. Marconi Perillo (PSDB) foto do dia 12 de março de 2023 em Goiânia Goiás
Diomício Gomes/O Popular
O presidente do PSDB e ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, disse nesta terça (11) que um repasse de R$ 100 mil que um advogado investigado pela Polícia Federal fez para sua esposa foi um empréstimo.
O irmão do ex-governador, Antônio Perillo, também recebeu R$ 35 mil do mesmo advogado investigado.
A informação foi revelada pelo portal Metrópoles e confirmada pelo blog com uma pessoa com acesso à investigação.
Os repasses foram um dos motivos que levaram Perillo a ser alvo da Operação Panaceia, que a Polícia Federal deflagrou na semana passada para investigar supostos desvios de dinheiro público na área da Saúde em Goiás.
A PF cumpriu dez mandados de busca e apreensão em Goiânia, um deles no endereço de Perillo, e um em Brasília. A operação foi autorizada pela Justiça Federal, que reteve R$ 28 milhões em bens dos suspeitos.
Os desvios de recursos públicos da saúde teriam ocorrido, segundo a PF, de 2012 a 2018, por meio de uma Organização Social (OS) contratada pelo governo de Perillo para administrar dois hospitais, um em Goiânia e outro no interior do estado.
“Esse advogado que está sendo investigado foi meu professor de direito constitucional a partir de 2007. É meu amigo, é meu advogado. Agora, eu não posso, é claro, perguntar para meu advogado para quem ele está advogando. Eu não sei se essa Organização Social cometeu erro ou deixou de cometer. Imagino que não”, afirmou Perillo em entrevista ao Estúdio i.
“Esse advogado emprestou para minha mulher, em 2018 — não podia emprestar para mim, porque eu estava com os bens bloqueados —, emprestou R$ 100 mil no mês de outubro de 2018, que nós pagamos, com meu trabalho, em fevereiro, março e abril”, justificou o ex-governador.
“Em relação ao meu irmão, segundo o que eu ouvi do advogado, houve uma indenização que foi vencida pelo advogado na Justiça e ele pagou o devido ao meu irmão”, afirmou.
Esquema
De acordo com a investigação da PF e da Controladoria-Geral da União (CGU), a Organização Social contratada para gerir os hospitais subcontratava terceiros, como escritórios de advocacia, ligados a políticos e administradores da própria OS.
Esses subcontratados não prestavam os serviços devidos — que eram descritos no contrato de forma genérica, para dificultar a comprovação de sua execução — e repassavam o dinheiro público para políticos. Os suspeitos negam envolvimento em crimes.