A Corte do Carnaval de Florianópolis de 2025 está cumprindo os primeiros compromissos, após ser eleita, na noite da última sexta-feira (7). Para alguns deles, a ficha ainda não caiu, mas todos sabem a responsabilidade que assumiram e a história que representam. Os seis membros da Corte visitaram a sede do Grupo ND na última segunda-feira (10).
Da esq. para a dir.: Casal Cidadão e Cidadã Samba, Vanderlan Júnior e Lays Matias; 1ª Princesa, Fernanda Prim; Rei Momo, Marco Brasil; Rainha, Wanessa Basílio; o apresentador do Balanço Geral, Raphael Polito; e a segunda princesa, Júlia Santos – Foto: Germano Rorato/ND
Na pauta, um bate-papo com o apresentador do Balanço Geral, Raphael Polito, nos estúdios da NDTV. Eles também contaram ao jornal ND um pouco das trajetórias no Carnaval e a expectativa para o desfile, nos dias 28 deste mês e 1º de março, com cobertura multiplataforma do Grupo ND e transmissão da NDTV.
Uma das missões da corte, por exemplo, é abrir o desfile das escolas e, depois, cada um se junta à própria comunidade para entrar na avenida.
“Estou muito orgulhoso de compor a Corte”
Nascido no Rio de Janeiro, Marco Brasil veio para Florianópolis aos dois anos. Antes de se tornar Rei Momo, teve longa trajetória em diferentes agremiações. É sobrinho-neto de um dos fundadores da Os Protegidos da Princesa, mas o coração é Copa Lord. Ele também colabora com a Império Vermelho e Branco.
“Desfilei por 25 anos na Copa, e depois em outras agremiações. Trabalhei no arame, ajudei nos carros, saí em bateria. Tenho 49 anos e 35 de Carnaval”, conta.
Marcos Brasil, Rei Momo do carnaval – Foto: Gustavo Bruning/ND
A função do Rei Momo é agregar os foliões. Além disso, cumpre o trabalho social, por exemplo, nas visitas a pacientes de câncer que não podem participar do Carnaval na rua e na passarela. “Estou muito orgulhoso de poder compor a Corte de 2025. Um sonho realizado”, frisa.
“Realizando um sonho de menina”
Wanessa Basílio, a nova rainha do Carnaval de Florianópolis, disse que “a ficha demora um pouco a cair”, mas se vê diante de uma conquista, numa noite inesquecível. “O papel da rainha é representar o povo do samba, os passistas, o pessoal que trabalha com Carnaval, que vive disso, que luta pelo Carnaval, além de fazer a ponte entre o povo e o samba”, explica.
Wanessa foi de outras agremiações, mas o coração é dos Protegidos. “Minha escola sempre foi meu grande amor. É minha base”, declarou. “Estou realizando um sonho de menina [de ser rainha] e tem tudo para ser um Carnaval inesquecível, mágico, de muita força e muita alegria”, completa.
“Representamos o chão onde somos muito felizes”
A 1ª princesa, Fernanda Prim, acredita estar na Corte por fatores como a boa apresentação, após meses de preparação. “Quando entramos num concurso, não é do dia para a noite. Chegamos, aqui, com bastante força, respeito e muito felizes por representar, cada um, a sua comunidade, a sua base, o chão onde somos muito felizes”, declara.
Fernanda tem 16 anos de Coloninha, passou por diversas funções e chegou ao Carnaval paulistano como musa da Império de Casa Verde, ano passado, mas voltou para casa. “A Coloninha é minha grande paixão”, afirma.
“Carnaval é estar com a comunidade”
Gaúcha, a 2ª princesa, Júlia Santos, da Jardim das Palmeiras, de São José, ainda sente a magia da noite da última sexta. Ela está no Carnaval desde 2023. “Sei da responsabilidade que é representar o Carnaval”, ressalta ela, que começou na ala coreografada, depois foi passista, até receber o convite para ser musa, ainda em 2023.
Além de 2ª princesa do Carnaval, é a 1ª princesa da escola. “Me dedico muito. Estamos fazendo fantasias, participando. Carnaval é estar com a comunidade, para depois mostrarmos na avenida o que fizemos o ano todo”, ressalta.
“O Carnaval precisa da força de todas as escolas”
Há 11 anos, Lays Matias e Vanderlan Júnior dividem a vida. Há três, educam a Laurinha. Em 2025, terão outra responsabilidade: o cargo de Casal Cidadão e Cidadã Samba do Carnaval de Florianópolis.
Eles venceram o concurso representando a Copa Lord. “É a realização de um sonho, porque é a nossa escola do coração e é uma responsabilidade muito grande, pois temos, na nossa escola, baluartes, grandes pessoas que passaram”, diz Lays.
A passista conta que recebeu o convite para o concurso de Juliana Joy, que cumpriu a mesma função por uma década. Ela também se diz honrada, sucedendo Jordson Cunha e Crislaine de Jesus, o cidadão e a cidadã samba de 2024.
Cidadão e a cidadã samba de 2024, Vanderlan Júnior e Lays Matias, com sua filha Laurinha- Foto: Reprodução/Instagram/@sambainfloripa/ND
Para Vanderlan, o sentimento também é de felicidade, representando outros grandes sambistas e citou Negro Gê, Johnson Alexandre e Jordson.
“Vamos tentar fazer o melhor possível para deixar nosso legado. Que a gente possa fazer um bom Carnaval, que as pessoas conheçam um pouco nossa história, nosso trabalho, nossa escola, porque sempre vamos levar o nome do nosso pavilhão, mas agora estamos representando todos. O Carnaval precisa da força de todas as escolas, para continuar forte aqui e no país”, avalia Vanderlan.