Ribeirinhos flagram centenas de peixes mortos em rio com possível contaminação no Pará

Imagens foram registradas no rio Itacuruçá, que passa pelos municípios de Abaetetuba e Igarapé-Miri, no nordeste do estado. Autoridades iniciaram investigação para identificar causas do problema. Moradores temem contaminação em rio após mortandade de peixe
Centenas de peixes apareceram mortos no rio Itacuruçá, entre os municípios de Abaetetuba e Igarapé-Miri, no nordeste do Pará. Moradores relatam que a situação ocorre há alguns dias e que há suspeitas de que água do rio esteja contaminada.
O rio passa pela comunidade quilombola Alto Itacuruçá. Os moradores relatam coloração alterada no rio, presença de resíduos boiando e um forte odor na água de igarapés e nascentes.
Agentes municipais de meio ambiente estiveram na localidade para verificar a situação e encaminhar o caso às autoridades responsáveis. Os ribeirinhos receiam que a situação cause impactos à pesca local.
A orientação das autoridades ambientais é que os moradores evitem o consumo de peixes encontrados mortos, enquanto não ficar esclarecido o que estaria causando a situação.
De acordo com a Prefeitura de Abaetetuba, agentes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia) estiveram no local na tarde de domingo (9), por volta das 16h30.
Na vistoria, moradores relataram que o problema estaria sendo causado pelas Fazendas Pontilhão e Minerva, devido ao despejo de dejetos de gado e aplicação de agrotóxicos na área.
Os relatos também apontam que resíduos podem estar sendo transportados para o rio por conta do período de chuva, provocando a contaminação, e que barreiras criadas pela fazenda para conter o escoamento não têm sido eficazes.
Ainda segundo a prefeitura, os fiscais percorreram três pontos do rio Itacuruçá e ainda não identificaram a presença de peixes mortos ou extravasamentos recentes de resíduos. Apesar disso, de acordo com a prefeitura de Abaetetuba, a situação exige monitoramento constante e novas inspeções.
Uma equipe técnica estava prevista para retornar ao local na manhã desta segunda-feira (10) para aprofundar as investigações, inspecionar as condições ambientais da fazenda mencionada e avaliar possíveis impactos ambientais.
Responsável pela fazenda Pontilhão, o g1 entrou em contato com a empresa exportadora de carne de gado Mercúrio Alimentos, com sede em Ananindeua, mas ainda aguardava retorno até a publicação da reportagem.
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