Governo brasileiro adota cautela a espera do anúncio oficial de medidas tarifárias de Trump

O governo brasileiro assumiu uma posição de cautela diante do anúncio feito pelo presidente americano, Donald Trump, de impor tarifas em 25% sobre importação de aço e o alumínio.
A medida vai afetar as exportações brasileiras já que, no ano passado, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para Estados Unidos, em volume, segundo dados do Departamento de Comércio americano, atrás de Canadá e México.
Durante conversa com jornalistas em 30 de janeiro, Lula chegou a dizer que se Trump taxasse os produtos brasileiros haveria reciprocidade, mas esse não é exatamente o tom adotado pelo Itamaraty, nem no governo como um todo.
Segundo interlocutores do governo brasileiro, a percepção é de que o Trump avança muito para depois negociar. Mesmo assim, essas mesmas fontes dizem que o ambiente é de preocupa mas que o ambiente é de preocupação.
Diante disso, a lógica agora é esperar o que vai ser anunciado — até porque tais medidas podem gerar uma pressão inflacionária dentro dos Estados Unidos. E esse é um ponto levantado pelo governo brasileiro: até que ponto essa ação de Trump pelo mundo é sustentável para os Americanos?
Essa não é a primeira vez que Trump adota esse tipo de medida. Durante o primeiro mandato, Trump impôs tarifas de 25% sobre importação de aço e 10% sobre as de alumínio. À época, o Instituto Aço Brasil, que representa as siderúrgicas brasileiras, afirmou que a taxação levaria ao desligamento de fornos e demissões.
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