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Foram duas horas entre a picada e o atendimento médico, segundo família. Geovana Iasmim, de 5 anos, ficou internada por dois dias. Menina de 5 anos é picada por cobra e ‘peregrina’ por hospitais em busca de atendimento
Geovana Iasmim, de 5 anos, foi picada por uma cobra venenosa, no último dia 3, em casa, no Altiplano Leste, no Distrito Federal. A família da menina passou por um sufoco: foram obrigados a trocar de hospital duas vezes antes de conseguir atendimento na rede pública da capital (veja detalhes abaixo).
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“Foi desesperador. Momentos de muita angustia. Ela falava que sentia dor e ela desfaleceu, ficou com a boca roxa, as mãos geladas”, conta Laura Magalhães, avó de Geovana.
Foram duas horas entre a picada e o atendimento médico:
👉 No Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), não havia pediatra.
👉 No Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), não foi possível atender a criança em um primeiro momento porque não havia soro.
👉 Os policiais militares que prestaram socorro à família retornaram ao HRAN, pegaram o medicamento e entregaram aos médicos do HMIB.
Geovana recebeu o soro, mas teve uma reação alérgica ao medicamento. A criança ficou internada no hospital até quarta-feira (5). Depois da alta, ela foi recebida com muita festa pela família.
‘Vaivém’
Laura Magalhães e a neta, Geovana Iasmim, picada por uma cobra venenosa
TV Globo/Reprodução
A avó da criança foi até o posto da Polícia Militar pedir ajuda para se deslocar até um hospital. Os militares foram com a família até o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) – referência na busca de antídotos para picadas de bichos venenosos – onde foram informados que não havia pediatra para atender a criança (veja vídeo acima).
No vídeo, é possível ver que uma funcionária recomendou que eles buscassem atendimento no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), na Asa Sul, a cerca de 7km do HRAN.
“Tem que levar no HMIB. É criança. Não é aqui, não. HMIB é ali pertinho”, diz a funcionária, que não foi identificada.
No entanto, no HMIB, a família da criança e os militares escutaram a segunda negativa: não havia o soro antiofídico necessário para tratar a picada da serpente. Os PMs precisaram voltar ao HRAN para pegar o medicamento para que, enfim, a menina de 5 anos pudesse iniciar o tratamento.
Questionada, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal disse que o HRAN não tem pronto-socorro com pediatria, por isso, a criança precisou ir para o HMIB. Segundo a pasta, “o HMIB tem fluxo estabelecido para solicitação do soro antiveneno e, quando necessário, é preciso buscar no HRAN, de onde é feita a distribuição”.
Onde buscar atendimento?
Veja em quais hospitais públicos buscar atendimento em caso de picada por animais venenosos, segundo informações da Secretaria de Saúde:
Hospital Regional da Asa Norte;
Hospital Regional de Brazlândia;
Hospital Regional do Gama;
Hospital Regional de Santa Maria;
Hospital Regional de Planaltina;
Hospital Regional da Região Leste;
Hospital Regional de Taguatinga;
Hospital Regional de Sobradinho;
Hospital Regional da Ceilândia.
🚨 A rede privada de saúde não disponibiliza a medicação.
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