A Secretaria de Estado da Saúde investiga 4.281 casos prováveis de dengue em Santa Catarina. Destes, 365 foram confirmados, sendo 8 com gravidade. A maior parte dessas notificações está em Florianópolis, que possui 1.440 casos prováveis, em 134 cidades. A situação vai ao encontro da baixa cobertura vacinal, que está na casa dos 20,65%.
Vacina contra a dengue foi aplicada em 20,65% do público-alvo em Santa Catarina- Foto: Paulo Pinto/Agência Brasir/ND
A imunização é realizada pela rede pública de saúde e está disponível para crianças e adolescentes, entre 10 e 14 anos. O esquema vacinal é composto por duas doses da vacina Qdenga, aplicadas com intervalo de 90 dias entre elas. Pacientes que já tiveram a doença podem se vacinar para evitar novas infecções.
Público vacinado está abaixo da metade
Segundo dados da SES (Secretaria de Estado da Saúde), 221.203 pessoas estão aptas para receber as duas doses do imunizante em todo o estado. Até o dia 3 de fevereiro de 2025, apenas 43,95% do público-alvo havia recebido a primeira vacina e 20,65% completou o esquema vacinal com as duas doses.
A maior parte do público-alvo está na Grande Florianópolis — região que concentra o maior número de casos de dengue em Santa Catarina. Na área, são 77.926 crianças e adolescentes, entre 10 e 14 anos, mas apenas 13.916 (17,86%) deles completou o cronograma.
Imunização é feita em duas etapas, com intervalo de 90 dias entre as doses – Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil/ND
As regiões Nordeste e Vale do Itapocu concentram a maior parcela de esquemal vacinal completo, com 31,72% das 71.468 crianças e adolescentes vacinadas com as duas doses. Na área Oeste do estado, 13,68% do público-alvo também completou o cronograma e no Médio Vale do Itajaí, foi apenas 12,16%.
Situação da dengue em Santa Catarina
Em 2024, 340 pessoas morreram vítimas da dengue em Santa Catarina — número que cresceu 247% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 98 óbitos. Até esta quinta-feira (5), a SES investigava 5 possíveis mortes por dengue em 2025.
O número de casos prováveis, em janeiro de 2025, chegou a 3.781, uma queda de 23,11% em comparação com o mesmo período de 2024, em que foram registrados 4.918 casos prováveis. Em apenas cinco dias de fevereiro, já são 341 casos prováveis de dengue em Santa Catarina.
Os indicadores mantêm as autoridades de saúde em alerta, principalmente, por causa das altas temperaturas registradas durante verão, ambiente que favorece a proliferação do mosquito transmissor.
Vacina contra a dengue, dengue, vacinação, qdenga – Foto: Paulo Pinto/Agência Brasilr/ND
Ainda, segundo monitoramento da SES, um a cada cinco casos confirmados de dengue em Santa Catarina estão em Florianópolis. A capital catarinense também quase dobrou o número de casos prováveis de dengue em janeiro de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. Atualmente, são 75 casos confirmados e 1.475 em investigação.
Combate ao mosquito transmissor
Evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti é a principal forma de combater a dengue. Para isso, é necessário manter calhas, jardins, pátis e recipientes limpos, livres de água parada. Piscinas vazias devem ser esvaziadas e cobertas, para evitar acúmulo de água em dias chuvosos. Quando cheias, as piscinas precisam ser tratadas com cloro.
A SES orienta que vasos e recipientes com plantas sejam higienizados, frequentemente, assim como vasilhas e tratadores de animais. Manter as lixeiras tampadas, não acumular lixo ou entulhos, e guardar pneus em locais secos e cobertos são atitudes que contribuem para redução da incidência de dengue em Santa Catarina.