Trump envia imigrantes para prisão de segurança máxima em Cuba

Pavilhão da prisão de Guantánamo, em CubaWikipedia pic/Kathleen T Rhem

O governo de Donald Trump começou nesta terça-feira (4) a levar imigrantes ilegais dos Estados Unidos para Baía de Guantánamo, prisão de Cuba. Ao todo, o presidente pretende enviar cerca de 30 mil presos para lá.

Presos para Cuba

Segundo Karoline Leavitt, secretária de comunicação da Casa Branca, os presos começaram a ser enviados hoje para Gitmo, ou Prisão de Guantánamo, base militar dos EUA em Cuba.

A prioridade para enviar para o local são “criminosos ilegais que quebraram as leis de imigração do país e depois cometeram crimes hediondos contra cidadãos estadunidenses do bem,” disse à Fox News.

Repatriação

Depois de uma ofensiva de Trump contra imigrantes ilegais, informantes do governo disseram que os EUA têm dificuldade para alojar presos, e precisa deslocá-los para outras terras ou países de origem.

Pela lei, caso um expatriado não seja aceito pelo país natal, não pode seguir preso indeterminadamente por imigração ilegal. Por isso, os EUA fazem apelo para os países receberem seus presos de volta.

El Salvador concordou em receber de volta seus cidadãos expatriados, assim como criminosos de outras nações, que ficarão em suas cadeias. 

A Colômbia também aceitou, recentemente, repatriar imigrantes ilegais. A Venezuela, inicialmente, negou receber – mas, no fim das contas, cedeu. 

Pouco a pouco

Brasileiros sendo deportados pelos EUACasa Branca/Divulgação

De acordo com o veículo internacional, cada voo leva uma dúzia de presos. Não se sabe quantos foram enviados.

Os 150 agentes da marinha posicionados em Guantánamo têm lugar para abrigar cerca de 1 mil pessoas. Os locais são tendas com latrina e banheiro.  Porém, existem 144 leitos, mas não há segurança suficiente para todos.

A estrutura também está longe de ser suficiente para os 30 mil imigrantes que Trump prometeu, na última semana, enviar para lá. Para o presidente dos Estados Unidos, lá é o lugar ideal para criminosos perigosos, por ser difícil de sair. 

Cuba reclama

Quem não gostou da história foi Miguel Diaz-Canel, presidente de Cuba. Nas redes sociais, criticou Trump e a transferência dos presos:

“Num ato de brutalidade, o novo governo dos EUA anuncia a detenção na Base Naval de Guantánamo, localizada em território ilegalmente ocupado [de Cuba], de milhares de migrantes que expulsa à força, e os colocará ao lado das conhecidas prisões de tortura e detenção ilegal”, publicou ele no X (Twitter).

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