Em 2024, Florianópolis se destacou como uma das cidades líderes em atratividade imobiliária no Brasil. A capital catarinense ocupa o 3º lugar nos rankings de maior demanda por imóveis de médio e alto padrão.
Florianópolis passou da 9ª para a 3ª posição na demanda por imóveis de médio padrão em 2024 – Foto: Daniel Queiroz/ND
A segunda edição do IDI-Brasil (Índice de Demanda Imobiliária) analisou 61 cidades brasileiras com potencial para investimentos em imóveis residenciais verticais, de modo a monitorar o desempenho, identificar tendências e mapear oportunidades no mercado imobiliário.
A pesquisa é uma iniciativa do Ecossistema Sienge, do Grupo Softplan, em parceria com CV CRM, Grupo Prospecta e CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
A pesquisa se baseia em seis indicadores para avaliar o desempenho do mercado imobiliário em 61 cidades – Foto: Rawpixel.com/Teddy/ND
Florianópolis só não figura entre as dez cidades brasileiras com maior demanda por imóveis de padrão econômico, isto é, do segmento de renda familiar entre R$ 2 mil e R$ 12 mil. A classificação é liderada por Curitiba (PR), Fortaleza (CE) e São Paulo (SP).
O estudo apresenta listas de municípios com maior atratividade, apresentadas em forma de ranking com base no cálculo do IDI. A escala vai de 0,000 a 1,000, onde as cidades que obtiverem uma nota próxima de 1,000 são consideradas altamente atrativas.
Confira o ranking de cidades brasileiras com maior demanda por imóveis de médio padrão
Goiânia se destaca com a maior demanda por imóveis de médio padrão no Brasil – Foto: Divulgação/Governo de Goiás/ND
A demanda por imóveis de médio padrão diz respeito à renda familiar de R$ 12 mil a R$ 24 mil. Florianópolis começou o ano de 2024 em 9º lugar e encerrou em 3º.
Goiânia, capital de Goiás, lidera a demanda por imóveis novos do segmento. O presidente da CBIC, Renato Correia, atribui esse desempenho às recentes mudanças na legislação municipal.
“Um plano diretor bem estruturado é uma alavanca fundamental para aproveitar o potencial econômico e a demanda. Esse é um diferencial estratégico que impulsiona o mercado”, ressalta.
Veja as dez primeiras colocadas:
- Goiânia (GO) – nota 0,807
- São Paulo (SP) – nota 0,782
- Florianópolis (SC) – nota 0,655
- Brasília (DF) – nota 0,654
- Curitiba (PR) – nota 0,634
- Salvador (BA) – nota 0,628
- Porto Belo (SC) – nota 0,616
- Fortaleza (CE) – nota 0,609
- Belo Horizonte (MG) – nota 0,595
- Maceió (AL) – nota 0,587
Imóveis de alto padrão: veja cidades com maior atratividade
Além de Florianópolis, a cidade catarinense de Balneário Piçarras também é destaque na demanda por imóveis de alto padrão – Foto: Divulgação/Câmara Municipal de Balneário Piçarras/ND
A demanda por imóveis de alto padrão parte do segmento de renda familiar superior a R$ 24 mil. São Paulo e Goiânia lideraram o ranking ao longo de todo o ano de 2024, visto que em ambas as capitais os novos e antigos lançamentos são rapidamente absorvidos pelo mercado.
Florianópolis se consolidou na 3ª posição na metade do ano, com nota próxima a Fortaleza, que começou o ano em 16º e subiu para o 4º lugar ao focar na demanda direta e no aumento da atratividade dos imóveis.
Já Recife, capital de Pernambuco, teve queda nos indicadores de demanda direta e atratividade de lançamentos. Com menos pessoas buscando um imóvel, as unidades lançadas estão sendo vendidas mais devagar.
Confira o Top 10 do ranking:
- São Paulo (SP) – nota 0,850
- Goiânia (GO) – nota 0,833
- Florianópolis (SC) – nota 0,733
- Fortaleza (CE) – nota 0,714
- Balneário Piçarras (SC) – nota 0,701
- Belo Horizonte (MG) – nota 0,685
- Brasília (DF) – nota 0,678
- Curitiba (PR) – nota 0,646
- Recife (PE) – nota 0,629
- Salvador (BA) – nota 0,627
Entenda os indicadores utilizados na pesquisa de atratividade imobiliária
O estudo avalia a atratividade de cidades brasileiras para novos projetos imobiliários, com base em seis indicadores principais. O objetivo é fornecer informações para investidores privados e gestores públicos tomarem decisões mais assertivas.
“Desenvolvemos o IDI para ser uma ferramenta de apoio que fomente discussões sobre os fatores por trás das demandas imobiliárias. Isso impacta diretamente a maneira como a construção civil se adapta para atender melhor o cidadão, criando empreendimentos alinhados com as necessidades do cliente final”, explica Gabriela Torres, gerente de Inteligência Estratégica do Ecossistema Sienge.
“Trata-se de uma abordagem estratégica que fortalece tanto o planejamento quanto a execução de iniciativas habitacionais”, conclui.
Conheça os indicadores:
- Indicador de Demanda: Mede o número de potenciais compradores, refletindo o tamanho do mercado consumidor e o potencial de consumo na cidade. Baseado em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
- Indicador de Dinâmica Econômica: Avalia a capacidade do município de gerar ciclos de demanda e fortalecer a economia local por meio de fatores como emprego e renda, que influenciam a capacidade de compra e a sustentabilidade do mercado. Baseado em dados do IBGE, Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e Receita Federal.
- Indicador de Ofertas de Terceiros: Avalia a concorrência e a saturação do mercado, indicando a disponibilidade de imóveis oferecidos por outros agentes e a viabilidade de novos empreendimentos. Baseado em portais de venda na internet.
- Indicador de Demanda Direta CV CRM: Usa dados de leads para medir a procura ativa por imóveis específicos, apontando áreas de interesse imediato e direcionando estratégias de marketing e vendas. Com base em dados do CV CRM.
- Indicador de Atratividade para Antigos Lançamentos CV CRM: Verifica o desempenho de lançamentos com mais de 12 meses, oferecendo insights sobre a aceitação e estabilidade do mercado na cidade. Com base em dados do CV CRM.
- Indicador de Atratividade para Novos Lançamentos CV CRM: Examina o potencial de empreendimentos lançados nos últimos 12 meses, destacando tendências e novas oportunidades de negócios. Com base em dados do CV CRM.