Segundo PM, homem era considerado de alta periculosidade e havia sido condenado a aproximadamente 125 anos de prisão. Argemiro Antônio da Silva possuía uma extensa ficha criminal. Argemiro Antônio da Silva – Goiás
Divulgação/Seape e Divulgação/PM-GO
O detento Argemiro Antônio da Silva, que fugiu do Presídio da Papuda, no Distrito Federal, foi morto pela Polícia Militar de Goiás (PMGO) durante um confronto em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do DF. Segundo a corporação, o homem era considerado de alta periculosidade e havia sido condenado a aproximadamente 125 anos de prisão.
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O confronto ocorreu na segunda-feira (3), no bairro Jardim das Oliveiras. De acordo com os policiais, durante a abordagem, o foragido reagiu e foi baleado. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Com ele, foi apreendida uma pistola calibre 9 mm, conforme a PM.
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De acordo com a Polícia Militar, Argemiro Antônio da Silva possuía uma extensa ficha criminal, incluindo crimes como roubo majorado, extorsão mediante sequestro e roubos a banco com explosivos. Entre os crimes cometidos, a corporação divulgou:
Roubo ao Banco Regional de Brasília (1999): levou R$ 15,5 mil e armas de segurança privada, utilizando escopeta e revólver;
Roubo ao Banco do Brasil em Brazlândia (2000): levou R$ 47 mil e a fita do circuito interno de segurança;
Explosão de caixas eletrônicos em Itapirapuã (GO) (2014): explodiu caixas eletrônicos, efetuou disparos contra casas e entrou em confronto com policiais militares;
Sequestro de funcionários do Banco Itaú em Recanto das Emas (DF) (2014): sequestrou funcionários do banco e levou pertences, incluindo valores e documentos.
Além disso, conforme o Ministério Público, Argemiro e outras dez pessoas furtaram R$ 1,3 milhão de uma agência bancária no centro de Crixás – entenda abaixo.
A fuga
Condenado que fugiu da papuda é morto em confronto com a polícia goiana
Argemiro Antônio da Silva fugiu do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, no início de janeiro. Posteriormente, passou a ser procurado pela Polícia Militar de Goiás.
A corporação informou que o preso passou a ser monitorado pela Agência Central de Inteligência da instituição e que, desde a comunicação da fuga, realizava buscas para recapturá-lo.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) do Distrito Federal, Argemiro fugiu da ala de idosos do Centro de Internamento e Reeducação (CIR). No portal da Seape, consta que a fuga ocorreu por meio do “rompimento de obstáculo”.
Em nota, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que policiais penais perceberam a fuga na manhã de sexta-feira durante uma “conferência de rotina”. Ao questionarem os outros internos da cela, estes relataram que Argemiro havia escapado por volta da 1h30.
Durante buscas no presídio, a Polícia Penal encontrou quatro barras de ferro da grade do banheiro serradas. No corredor do bloco, foi achado um cobertor com cordas, além de pegadas na porta. Também foi constatado que a concertina do estacionamento estava cortada.
Crimes e investigações
O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) apontou que Argemiro participou de um furto milionário a um banco no estado. Segundo a instituição, o crime ocorreu no dia 4 de março de 2018, quando Argemiro e outras dez pessoas furtaram R$ 1,3 milhão de uma agência bancária no centro de Crixás, no oeste goiano. As informações constam na denúncia apresentada pelo MP contra os acusados.
Ainda em 2018, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) aceitou a denúncia, tornando Argemiro Antônio e os demais envolvidos réus pelos crimes de organização criminosa e furto qualificado. O processo segue em tramitação na Justiça.
O MP detalhou que o furto ao banco foi planejado e ocorreu durante a noite. Os acusados estavam armados com dois revólveres calibre .38 e 20 munições. O crime contou com divisão de tarefas entre os integrantes do grupo.
“Os bens foram subtraídos durante o repouso noturno, quando a segurança do estabelecimento é reduzida”, descreveu o MP na denúncia.
O Ministério Público também informou que, na época do furto, Argemiro foi responsável por transportar criminosos do Mato Grosso para Goiás.
De acordo com investigações das polícias Civil e Militar de Goiás e Mato Grosso, Argemiro e outros sete acusados integravam uma organização criminosa especializada em roubos e furtos a bancos nos dois estados.
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